Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Medeiros, Ana Paula Magalhães |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17151/tde-30072015-123312/
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Resumo: |
A avaliação miofuncional orofacial é etapa fundamental no processo de diagnóstico na área de motricidade orofacial (MO), possibilita a compreensão das condições anatômicas e funcionais do sistema estomatognático, permitindo estabelecer o raciocínio terapêutico e definir encaminhamentos. Vários autores escreveram a respeito da necessidade da prática baseada em evidências e recomendaram o uso de protocolos validados para o diagnóstico, bem como para a terapia. Atualmente, três protocolos de avaliação miofuncional orofacial estão validados e publicados. São eles: o The Nordic Orofacial Test-Screening NOT-S, o Protocolo de Avaliação Miofuncional Orofacial com Escores - AMIOFE, validado para crianças, o qual caracteriza as condições musculares e funcionais com base nos escores, permitindo definir não apenas a presença ou ausência, mas também o grau de distúrbio miofuncional orofacial (DMO) e o protocolo de Avaliação Miofuncional Orofacial com Escores Ampliados - AMIOFE-A. O AMIOFE já foi usado para diagnóstico e análise da evolução de tratamentos em sujeitos jovens e adultos com desordem temporomandibular (DTM), porém não foi validado para esta população. O objetivo do presente estudo foi analisar a validade de critério, a validade de construto, e a confiabilidade intra e entre - examinadores, assim como valores de sensibilidade (S), especificidade (E), valores preditivos (VP+ e VP-) e prevalência (P) do AMIOFE para jovens e adultos. Participaram 50 sujeitos com DTM (GDTM) e 30 sujeitos sem DTM (CA), todos avaliados e selecionados a partir do exame clínico com o RDC/TMD. A validade de critério do protocolo AMIOFE foi analisada pela comparação com o protocolo NOT-S. A validade de construto foi analisada pela: (a) comparação do GDTM ao CA, para verificar a capacidade do AMIOFE em diferenciar sujeitos com e sem DMO; (b) comparação do grupo com DTM antes e após TMO, a fim de analisar a habilidade do AMIOFE para mensurar as mudanças ocorridas em decorrência do tratamento. Para tanto, os dados da avaliação miofuncional orofacial dos dez sujeitos com DTM que receberam terapia miofuncional orofacial (GT) foram comparados na fase diagnóstica e na fase final após 120 dias de tratamento. Dois examinadores, fonoaudiológos devidamente treinados e calibrados, denominados E1 e E2, realizaram as avaliações. De acordo com os resultados houve correlação negativa significante entre os protocolos AMIOFE e NOT-S (r= -0,86, p < 0,01). A validade de construto do AMIOFE foi demonstrada pela capacidade do AMIOFE refletir as condições miofuncionais orofaciais normais e alteradas pelas diferenças observadas entre os escores dos grupos CA e GDTM, nos itens aparência/postura, mobilidade e nas funções de mastigação e deglutição (p < 0,05). O AMIOFE foi capaz de mensurar as mudanças ocorridas entre a FD e a FF do tratamento proposto. A força de concordância medida pelo Kappa Ponderado (Kw) entre-examinadores E1 e E2 variou de razoável a moderada, e os valores de confiabilidade foi 0,88, considerado bom (r = 0,78, P< 0,01). A concordância intra-examinador para E2 variou de razoável a moderada e a confiabilidade para aplicação do AMIOFE foi de 0,92, isto é, excelente (r = 0,84, P< 0,01). A concordância para a aplicação do protocolo NOTS, variou de razoável a boa, e a confiabilidade foi de 0,89 (r = 0,80, P< 0,01). Para os demais índices, foram encontrados os seguintes valores utilizando a mediana e os percentis, apresentados respectivamente, S (80,5 - 65,38), E (80,0 - 92,59), VP+ (76,0 - 80,95), VP- (83,7 - 84,74) e P (46,2 - 26,25). De acordo com os resultados concluiuse que o protocolo AMIOFE é válido, confiável e proporciona um diagnóstico com boa 10 margem de acerto, tanto para os casos positivos como negativos. Sua aplicação clínica e em pesquisas é viável devido à própria construção do protocolo que fornece a indicação do escore a ser atribuído, com base na descrição semântica que o acompanha. |