\"Avaliação histológica da reparação óssea induzida por osso bovino desmineralizado, em defeitos bicorticais na mandíbulas de ratos, com ou sem membranas de colágeno cálcicas\"

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Chin, Veronica Kei Len
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23143/tde-14122004-115643/
Resumo: O emprego do osso desmineralizado (OD), sobretudo de origem bovina, tem sido extensivamente avaliado em modelos experimentais; no entanto, há dúvidas se a quantidade de proteínas ósseas morfogenéticas (BMP) seria suficiente para induzir à reparação óssea. A associação com membranas, além de evitar o encapsulamento das partículas de OD, também poderia prevenir a dissolução precoce das poucas BMPs presentes no OD. O objetivo deste trabalho foi realizar uma avaliação histológica da reparação óssea induzida por OD em defeitos criados na mandíbula de ratos, e o efeito da utilização de membranas reabsorvíveis de colágeno impregnadas com sais de cálcio. O estudo envolveu 25 ratos Wistar, nos quais discos de OD foram utilizados no preenchimento de defeitos bicorticais na região de ângulo de mandíbula; no lado esquerdo, a face lingual e vestibular foi recoberta com membranas. Os animais foram divididos em grupos de cinco indivíduos cada e, então sacrificados depois de três, 10, 20, 30 e 60 dias pós-operatórios. A análise histológica revelou que nos primeiros 20 dias, houve intensa proliferação óssea nas duas extremidades, tanto na face vestibular quanto lingual, sendo provável também que a proliferação tenha ocorrido em toda margem do defeito circular. No entanto, aos 30 dias, houve uma inversão do quadro histopatológico: a resposta inflamatória até então moderada, cedeu lugar para um intenso infiltrado inflamatório envolvendo o OD, com ausência total da membrana, reduzindo a intensidade no grupo de 60 dias, que apresentou remanescentes de reação de corpo estranho em torno do OD, sem ocorrer preenchimento do defeito por osso neoformado. Pelos resultados observados, pode-se concluir que há presença de BMPs, responsável pela grande proliferação inicial, mas em quantidade insuficiente para conduzir à reparação total do defeito ósseo; a apresentação física em lâmina do OD, a partir do qual os discos foram preparados, parece ter dificultado a reabsorção da matriz óssea remanescente, provocando uma reação de corpo estranho. Por fim, a membrana de colágeno cálcica teve pouco efeito na proliferação óssea, gerando infiltrado inflamatório moderado ao seu redor.