Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Natalo, Samanta Pedroso |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-10112014-110044/
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Resumo: |
O bullying poderia ser escutado como um Sintoma Social? Em síntese, essa foi a pergunta que procuramos responder por meio da pesquisa da qual resultou a presente dissertação de mestrado. Para tanto, analisamos os discursos, a respeito do tema, apresentados em dois livros, quais sejam, Bullying, mentes perigosas nas escolas e Fenômeno bullying: como prevenir a violência nas escolas e educar para a paz. Dedicamo-nos, ainda, à leitura de seis cartilhas que compõem o programa Chega de bullying: não fique calado!, desenvolvido pela Secretaria de Educação do Estado de São Paulo. Em suma, o que pudemos constatar é que os discursos sobre o suposto bullying apontam para uma desresponsabilização dos adultos pela educação das gerações procedentes. Argumentamos que tal desresponsabilização poderia ser pensada como resultante da hegemonia, no campo educacional contemporâneo, do discurso pedagógico que coloca A Criança (grafada dessa forma para salientar tratar-se de uma figura idealizada pelas teorias psicopedagógicas) no centro da questão educacional, destinando ao educador o lugar de mero facilitador da aprendizagem. Assim, considerando o conceito de sintoma social tal como forjado por Lacan, a saber, como retorno da verdade na falha de um saber e como aquilo que faz barra ao desejo do Mestre, nossa pesquisa nos levou a concluir que o alegado bullying poderia ser pensado como sintoma social no sentido de que denunciaria a falha do saber defendido pelo discurso pedagógico em questão, fazendo retornar à cena a característica do impossível, atribuída por Freud, ao ato educativo. |