Células dendríticas, expressão da forma induzida da óxido nítrico sintase e padrão de citocinas nas lesões de pitiríase liquenóide

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Giunta, Gabriella Di
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5144/tde-28052008-161137/
Resumo: INTRODUÇÃO: A Pitiríase liquenoide (PL) é doença cutânea de etiologia desconhecida. Foi recentemente classificada no grupo das discrasias linfóides de células T. Excetuando-se os estudos sobre as características fenotípicas e moleculares dos linfócitos T na PL, trabalhos relativos aos demais componentes da resposta tecidual cutânea nesta doença são escassos. MÉTODOS: Biopsias de 34 pacientes com diagnóstico clínico e histopatológico de PL foram classificadas de acordo com características histopatológicas nos grupos de pitiríase liquenóide aguda (PLA) (n = 15) e crônica (PLC) (n = 19), e submetidas a técnica imunoistoquímica para demonstração de células de Langerhans, dendrócitos dérmicos fator XIIIIa+, expressão da forma induzida da óxido nítrico sintase (iNOS), fator de necrose tumoral alfa (TNFalfa), interferon gama (IFNy) e interleucinas (IL) 12 e 10. Fez-se a comparação dos resultados obtidos entre os grupos de PLA e PLC. A expressão de iNOS foi também comparada com grupo controle de pele normal (n = 10). RESULTADOS: A população de células de Langerhans epidérmicas foi menor no grupo de PLA. O número de dendrócitos dérmicos fator XIIIa+ não diferiu entre os grupos. Foi observada expressão epidérmica e dérmica de iNOS em ambos os grupos de PL. Três espécimes do grupo controle de pele normal apresentaram fraca expressão de iNOS epidérmica e dérmica. O grupo de lesões de PLA mostrou maior expressão dérmica de TNFalfa e IFNy. A depleção de células de Langerhans epidérmicas foi acompanhada de maior expressão epidérmica de TNFalfa e IL-10. Houve correlação entre a expressão de iNOS e a população de dendrócitos dérmicos fator XIIIa+. CONCLUSÕES: Na PLA a população de células de Langerhans é menor que na PLC e se correlacionou com maior expressão epidérmica de TNFalfa e IL-10. Não houve diferenças na população de dendrócitos dérmicos fator XIIIa+ nos dois grupos de lesão. Demonstrou-se, pela primeira vez, expressão epidérmica e dérmica de iNOS nas lesões de PL. A expressão de iNOS dérmica correlacionou-se com a população dendrocítica Fator XIIIa+. Houve correlação entre a expressão de TNFalfa e de IFNy com as alterações inflamatórias da PLA. Houve correlação negativa entre a expressão dérmica de IL-12 e IL-10 nas lesões da PL. No espectro da resposta tecidual da PL participam as células dendríticas da pele, em ambiente de padrão imunológico Th1 predominante, com conseqüente indução da expressão de iNOS nos sítios de lesão.