Baixa produtividade do milho como consequência da tomada de decisão sob condições de risco na agricultura

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1982
Autor(a) principal: Péres, Angela Regina Pires e
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11132/tde-20220208-111609/
Resumo: O presente estudo faz parte do projeto interdisciplinar de pesquisa - Projeto Milho II - que vem sendo desenvolvido deste 1978, pelo Departamento de Economia e Sociologia Rural, juntamente com outros Departamentos da ESALQ - USP (Genética, Fitotecnia e Fitopatologia), visando desenvolver variedades e técnicas mais produtivas, assim como estudar o processo mais eficiente de transferir aos agricultores a tecnologia disponível, ou determinar a razão da resistência dos agricultores à adoção das novas tecnologias. Embora resultados experimentais estejam indicando. que o milho pode ser economicamente cultivado a níveis altos de produtividade, as médias de produção por unidade de área, no Brasil e mesmo em São Paulo, persistem a níveis muito baixos. A hipótese fundamental do trabalho ê de que a produtividade do milho continua baixa devido às incertezas asso ciadas à produção e às variações de preço. Outra hipótese é a de que devido aos baixos níveis de disponibilidade de capital próprio os agricultores tem preferido as culturas de subsistência e o cultivo do milho com tecnologia correspondente a níveis mais baixos de produtividade. O estudo desenvolve e testa um modelo de comportamento dos agricultores que incorpora elementos de risco na produção, além de considerar, explicitamente, no processo de decisão, expectativas quanto à inflação. Os tipos de risco considerados são os de preço e de produtividade. O modelo analítico baseia-se na análise de atividade, desenvolvido por Koopmans (Activity Analysis), com modificações- sugeridas por Hazell para incorporar risco, sem necessidade de usar programação quadritica. Além do objetivo especifico de estudar as causas da persistência de baixas produtividades na cultura do milho, o estudo pretende contribuir para o entendimento do processo de tomada de decisão dos agricultores de São Paulo. A área escolhida para o estudo é a região agrícola de Ribeirão Preto, Estado de São Paulo. O nível de disponibilidade de capital operacional foi fixado em valores crescentes a partir de 10 mil cruzeiros até que não sobrasse terra não utilizada. Com o capital de giro disponível no início do período de 200 mil cruzeiros, foi rejeitada a hipótese de que os agricultores cultivam milho de baixa produtividade como urna maneira de reduzir risco. O autor sugere que se trabalhe com outros casos (dados) para aumentar a confiança no teste. Sugere, também, que este tipo de análise seja desenvolvido num modelo dinâmico que incorpore outras formas de risco.