Correspondência de Luís da Câmara Cascudo: arquivos da criação e redes de sociabilidade intelectual

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Oliveira, Giuseppe Roncalli Ponce Leon de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-13092016-134518/
Resumo: A presente tese propõe um estudo pormenorizado da correspondência de Luís da Câmara Cascudo com Mário de Andrade, Joaquim Inojosa, Gilberto Freyre e José Américo de Almeida (de 1922 a 1984), tendo como objetivo ampliar o debate historiográfico travado em torno da tentativa de restringir a produção intelectual de Cascudo à sua filiação ao Movimento Modernista ou ao Movimento Regionalista Tradicionalista do Nordeste. Para tanto, trataremos do debate suscitado pela epistolografia cascudiana, com ênfase na correspondência ativa de Cascudo editada e publicada antes e depois da publicação do volume Cartas de Mário de Andrade a Luís da Câmara Cascudo (2000), organizado por Veríssimo de Melo. Por intermédio das cartas enviadas por Monteiro Lobato, Rocha Pombo, Pedro de Orleans e Bragança & Guilherme Auler, disponíveis no acervo do Ludovicus Instituto Câmara Cascudo, buscamos demonstrar que para além do debate sobre o Modernismo no campo da crítica literária, houve durante o período de correspondência com Mário de Andrade a aproximação e o interesse de Câmara Cascudo em relação ao campo historiográfico, como a associação ao pensamento conservador monárquico. Empenhamo-nos em reconstituir as redes de sociabilidades intelectuais estabelecidas através da correspondência, tomando-as como arquivos da criação das obras e ideias sobre os movimentos anteriormente referidos. Buscamos demonstrar de maneira circunstanciada as complexas relações existentes na historiografia do regionalismo e modernismo no contexto da modernização da região Nordeste do Brasil, analisando as atitudes dos atores envolvidos no processo, assim como as contradições que ele implica.