Ritos da oralidade: a tradição messiânica de protestantes no Regime Militar Brasileiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Alonso, Leandro Seawright
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-02032016-151423/
Resumo: Propus realizar, nesta investida acadêmica, entrevistas de história oral com protestantes brasileiros que vivenciaram dramas e tramas no Regime Militar Brasileiro entre 1964 e 1985. Reconheci a historia oral como disciplina acadêmica capaz de propiciar uma polifonia por meio do cruzamento do corpus documental da pesquisa. Antes de partir para os documentos regulares, entrevistei protestantes com percepções díspares sobre o Regime Militar e aqueles que se engajaram à direita e à esquerda na política brasileira. Analisei os seus testemunhos relacionados às experiências religiosas e políticas. Estabeleci, portanto, a comunidade de destino de religiosos que sofreram os destinos do Regime Militar no ambiente político de 1964 e 1985; a colônia de protestantes históricos e pentecostais que sofreram consequências ao se posicionarem no ambiente da ditadura militar brasileira. Daí, três redes de enunciação que combinaram elementos religiosos e políticos se constituíram: a rede dos ortodoxos anticomunistas, a rede dos heterodoxos comunistas e, finalmente, a rede dos convertidos depois do Regime Militar Brasileiro. Depois de escrever a História do projeto: um itinerário da pesquisa e história oral, memória coletiva e oralidade protestante, constatei o surgimento de outra forma de messianismo pertencente à sociedade brasileira moderna no ambiente do golpe civil-militar brasileiro. Não obstante a procura por elementos subjetivos e pelo cruzamento das entrevistas de história oral com documentações regulares, escrevi sobre O Reino de Deus e as narrativas de resistência ao Regime Militar Brasileiro para demonstrar os dramas, bem como o arbítrio de agentes repressivos apoiadores da ditadura militar brasileira. Posteriormente, escrevi sobre A memória religiosa entre pecar e perdoar: exílios, sofrimentos, retornos e conversões depois do Regime Militar. Por fim, abordei alguns Aspectos da justiça de transição brasileira\", a CNV e o GT sobre o papel das igrejas na ditadura; procurei pela polifonia e pelas disputas mnemônicas referentes à justiça de transição, assim como utilizei uma documentação produzida pelo GT sobre o papel das igrejas na ditadura na busca pelo caráter público e político da pesquisa. Elementos místicos, ritualísticos, experienciais, teológicos e políticos foram analisados com base na memória coletiva.