Bioecologia e manejo do ácaro-vermelho-das-palmeiras, Raoiella indica Hirst (Acari: Tenuipalpidae), no centro-sul do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Barroso, Geovanny Soares Pauferro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-09082019-160136/
Resumo: Raoiella indica é uma severa praga de coqueiro, bananeira e plantas de importância paisagística. Os danos causados nas plantas hospedeiras iniciam-se pelo amarelecimento das folhas basais, seguida por necrose dos tecidos e secamento das folhas. Os objetivos desse trabalho foram: determinar a distribuição de R. indica e ácaros associados no centro-sul do Brasil; determinar os níveis populacionais de R. indica no estado de São Paulo; avaliar a sobrevivência de R. indica na ausência de alimento e diferentes níveis de umidade relativa; avaliar o potencial de ácaros fitoseídeos sobre R. indica; e avaliar o efeito de produtos químicos sobre esta praga. Raoiella indica foi encontrado no Distrito Federal e em 49 municípios de 9 estados, das quais, o mais meridional foi Iporã, estado do Paraná. Dos ácaros Mesostigmata associados a praga, Euseius citrifolius Denmark & Muma foi a espécie mais amplamente distribuída, sendo coletado em quase todos os estados. Os níveis populacionais de R. indica variaram de entre 0,2 a 2,5 ácaros/cm2 (46 a 599 ácaros por folíolo) em Marília e de 0,3 a 1,4 ácaros/cm2 (88,2 a 418 ácaros por folíolo) em Piracicaba. Euseius citrifolius foi o predador mais abundante em Marília, enquanto Amblyseius tamatavensis Blommers foi o predador mais abundante em Piracicaba. O tempo de sobrevivência de R. indica e T. urticae na ausência de alimento em diferentes níveis de umidade foi maior na fase adulta. Umidades abaixo de 47% diminuíram drasticamente o tempo de sobrevivência de todos os estágios. Das espécies de Phytoseiidae, A. tamatavensis mostrou melhor desempenho de predação e oviposição quando alimentados com ovos e ninfas de R. indica, como também se desenvolveu e reproduziu alimentando-se exclusivamente desta praga. Dos produtos testados, o fenpiroximato causou mortalidade de 100% em R. indica. Dos produtos utilizados sobre os predadores, o fenpiroximato foi o mais tóxico para os fitoseídeos, sobretudo em Iphiseiodes zuluagai Denmark & Muma. Os resultados desse estudo sugerem que o estabelecimento de R. indica além do sul do Paraná é possível em microclimas favoráveis ao seu desenvolvimento. Além disso, os estudos indicaram que em São Paulo os altos níveis de precipitação no verão e as baixas temperaturas durante o inverno afetam negativamente os níveis de R. indica. A possibilidade de uso de A. tamatevensis como agente de controle de R. indica precisa ser melhor estudada em condições de campo.