Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2005 |
Autor(a) principal: |
Benute, Glaucia Rosana Guerra |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5139/tde-20052011-113933/
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Resumo: |
Este trabalho trata da interrupção da gestação, em casos de diagnóstico de malformação fetal letal e os processos psíquicos dela decorrentes. São feitas algumas considerações sobre os aspectos históricos e políticos da reprodução e da sexualidade, explorando, em seguida, aspectos relativos ao contexto cultural do aborto; o debate sobre o início da vida humana; questões da bioética e da legislação. O trabalho explora, ainda, questões sobre a legislação brasileira, Medicina Fetal e os processos psíquicos desencadeados a partir do diagnóstico de anomalia fetal letal. Foi desenvolvida uma pesquisa de campo, na Divisão de Clínica Obstétrica do Hospital das Clínicas da FMUSP, para aprofundar as questões teóricas discutidas. No período de agosto de 1998 a dezembro de 2003, foram realizadas entrevistas abertas com 249 mulheres, após terem recebido o diagnóstico de malformação fetal letal e entrevista semidirigida com trinta e cinco destas pacientes após a interrupção da gravidez. Este trabalho tem como objetivos específicos: identificar os processos psíquicos desencadeados nas mulheres, após o diagnóstico de malformação fetal letal; no processo de decisão pela interrupção judicial da gravidez; após a interrupção da gravidez; e identificar, na opinião das mulheres que receberam o diagnóstico de malformação fetal letal e que realizaram a interrupção da gestação, qual o papel da consulta psicológica nesse processo. A análise dos dados se deu de forma quantitativa e qualitativa. Os resultados obtidos versam tanto sobre o momento do diagnóstico como experiência que propicia um caos temporário com perda do raciocínio lógico, não permitindo reflexões imediatas. Demonstra as angústias vivenciadas no processo de decisão pela interrupção ou manutenção da gravidez, apresentando o processo de reflexão como de fundamental importância para decisão consciente e para posterior satisfação com a decisão tomada. O acompanhamento psicológico foi destacado como de fundamental importância para elaborar a situação vivida. Conclui que o diagnóstico de malformação fetal letal ativa mecanismos de defesa para manutenção do equilíbrio psíquico. O processo de decisão pela interrupção da gravidez deve ser acompanhado por um psicólogo para que ocorra revisão dos valores morais e culturais permitindo uma decisão adequada que visa minimizar o sofrimento vivido. |