Efeito do fotoperíodo na detecção do estro em fêmeas bovinas Nelore (Bos taurus indicus) e cruzadas Red Angus x Nelore e Limousin x Nelore (Bos taurus taurus x Bos taurus indicus) manejadas em diferentes regiões do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Loureiro, Paulo Eduardo Fonseca
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/74/74131/tde-18102006-153309/
Resumo: A técnica de Inseminação Artificial (IA) está em franco crescimento em rebanhos de bovinos de corte em todas as regiões do Brasil e é a mais utilizada para obter indivíduos cruzados (Bos t. taurus x Bos t. indicus) pela facilidade de implantação nos grandes rebanhos de fêmeas em idade reprodutiva, aliada ao problema da baixa produção de touros taurinos adaptados ao nosso clima. Um dos grandes entraves para o sucesso em um programa de inseminação é a eficiência na detecção do estro. As dificuldades encontradas em outros países têm sido dirimidas através do estudo comportamental das matrizes. A pecuária de corte está espalhada por todo o território brasileiro, mas possui maiores concentrações nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Norte, com importantes diferenças climáticas, como a variação na duração dos dias (fotoperíodo), a sazonalidade pluviométrica, e a própria temperatura do ar, que podem alterar o comportamento sexual das matrizes. Neste sentido o presente trabalho utilizou a monitoração dos períodos de observação de estro em quatro fazendas localizadas no Norte e no Centro Oeste do Brasil, que fazem o uso da técnica da inseminação artificial, para compreender o efeito do fotoperíodo sobre o estro. Foram detectadas 4202 ocorrências de estro em 3358 fêmeas Nelore, 662 fêmeas cruzadas Limousin x Nelore, e 182 fêmeas cruzadas Red Angus x Nelore, submetidas ao mesmo manejo de detecção. A duração média do dia foi de 730,3, 750,8, 771,0 e 795,6 minutos, respectivamente nas fazendas 1 (Pará), 2 (Tocantins), 3 (Goiás) e 4 (Mato Grosso do Sul). Quanto maior a duração do dia mais estros foram detectados pela manhã. Houve diferenças entre as categorias de fêmeas quanto à ocorrência de estro, ficando concentradas as ocorrências de estro das novilhas no período matinal em todas as fazendas e em todos os grupos genéticos. Não houve diferença estatística entre os grupos genéticos dentro das categorias. As vacas solteiras comportaram-se de forma similar as novilhas não havendo diferenças estatísticas na detecção do estro. As vacas paridas tenderam de forma geral a manifestar estro no período da tarde.