Quantificação da deposição de ferro no cérebro usando ressonância magnética: um estudo em pacientes com doença de Parkinson

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Barbosa, Jeam Haroldo Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59135/tde-19092013-142157/
Resumo: A capacidade do ferro, presente no corpo humano, em aceitar e doar elétrons o torna essencial para homeostase celular e várias reações biológicas. Contudo, o excesso deste metal no cérebro pode gerar efeitos deletérios através da produção de espécies reativas de oxigênio que causam o estresse oxidativo. Este estresse aparece como possível causa de doenças neurodegenerativas, caracterizadas por um aumento significativo da concentração de ferro em certas regiões do cérebro. Detectar e quantificar a deposição de ferro in vivo no cérebro torna-se de extrema relevância para entender diversas doenças neurodegenerativas. Neste estudo avaliamos a sensibilidade e a especificidade das principais técnicas de Ressonância Magnética in vivo para estimar o conteúdo de ferro depositado no cérebro. Foram estudados um grupo de 16 sujeitos saudáveis e outro de 14 pacientes com doença de Parkinson. Mapas de relaxometria (R2 e R2*) e susceptibilidade (QSM) foram estimados a partir de imagens adquiridas numa maquina de RM de 3.0T. Embora todos os mapas tenham apresentado correlação linear (r2 = 0; 7) com o acumulo de ferro reportado in vitro nas regiões do núcleo da base, apenas os mapas R2 e QSM apresentaram estatisticamente aumento significativo (p<0,05) para certas regiões do cérebro parkinsoniano (substância negra, núcleo rubro e globo pálido). O mapa QSM apresentou maior sensibilidade e especificidade para diferenciar pacientes com a doença quando comparados a sujeitos saudáveis por meio da análise da curva ROC. Concluímos que os mapas de relaxometria e susceptibilidade magnética podem estimar de forma indireta o conteúdo de ferro no cérebro, apesar de apresentarem dependências diferentes com a concentração deste metal. Observamos também que os valores de sususceptibilidade magnética obtidos com imagens de baixa resolução (1,0x1,0x2,0mm) não apresentaram mudanças significativas em relação aos obtidos com imagens de alta resolução (0,5x0,5x2,0mm). Logo, sugerimos a aquisição de imagens com baixa resolução para o processamento do mapa QSM. A analise de múltiplos valores de tempo de relaxação T2 determinou apenas um valor para cada região do núcleo da base para ambos os grupos, este resultado foi aparentemente afetado pela relação sinal ruído.