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Transplante hepático large-for-size porcino com arterialização da veia porta: estudo hemodinâmico, histológico, bioquímico e biomolecular

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Torres, Rafael Rodrigues
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5141/tde-01112023-133606/
Resumo: Introdução: No transplante hepático, o tamanho ideal do fígado transplantado varia entre 0,8% e 4% do peso do receptor (graft to body weight ratio GBWR). Em transplantes de crianças com menos de 10Kg frequentemente o enxerto tem peso maior que 4% do peso do receptor. Esta desproporção é usualmente denominada de large for size. Em situações como essa, ocorre hipofluxo na veia porta, o que pode piorar a chamada lesão de isquemia/reperfusão (LIR). A LIR é uma resposta inflamatória mediada pelas células de Kupffer, através da liberação de espécies reativas de oxigênio no parênquima hepático e do recrutamento de polimorfonucleares sistêmicos e linfócitos T-CD4+, que perpetuam a lesão mesmo após o restabelecimento do fluxo sanguíneo. Considerando que o hipofluxo é um fator de piora da LIR nos enxertos large for size, pode haver benefício no aumento do fluxo e da oxigenação portal através de uma anastomose entre o sistema porta e o sistema arterial, procedimento conhecido como arterialização da veia porta. Este é um estudo experimental usando porcos, que são considerados um modelo adequado para o estudo de resultados de transplante hepático, especialmente no que se refere à lesão de isquemia/reperfusão. Objetivos: Avaliar se a arterialização da veia porta reduz a LIR em transplantes com enxertos tipo large for size. Investigar a associação entre parâmetros hemodinâmicos e os parâmetros representativos da lesão de isquemia e reperfusão. Metodologia: Realizamos quinze transplantes hepáticos em porcos, com enxertos de doadores com peso cerca de 60% maior que o receptor. Em nove desses transplantes, estabelecemos uma comunicação entre a veia porta e a artéria esplênica através de um cateter. Avaliamos parâmetros hemodinâmicos, histológicos e da expressão de genes e marcadores bioquímicos da LIR. Resultados: A arterialização resultou num aumento significativo da pressão portal, mas não alterou outras variáveis hemodinâmicas, como demonstrado na análise de variância. A maior expressão dos genes de IL6 e cFOS, além de uma menor expressão do gene da ICAM no grupo arterializado, indicam que a arterialização pode ter um papel protetor na lesão de isquemia e reperfusão. A análise de regressão sugeriu interferência positiva do fluxo e pressão portal sobre os parâmetros bioquímicos. Conclusões: A arterialização da veia porta não reduziu a LIR, mas demonstrou benefícios discretos em aspectos moleculares durante a fase de reperfusão, no contexto do transplante large-for-size