Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Takahashi, Adriana Roseli Wünsch |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12139/tde-17102007-160130/
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Resumo: |
No âmbito organizacional, este estudo aborda competências e aprendizagem a partir da perspectiva de recursos (Visão Baseada em Recursos). Contudo, apesar dos inúmeros estudos já realizados sobre aprendizagem, muitos desafios ainda permanecem em discussão. Mesmo não havendo uma teoria ou modelo amplamente aceito (FIOL; LYLES, 1985), há pontos de consenso na literatura. Entre eles, o de que aprendizagem organizacional é essencial para a compreensão de como as organizações evoluem ao longo do tempo. No centro do debate da aprendizagem, está a discussão sobre o conhecimento. A aprendizagem organizacional, como uma lente (PRANGE, 2001) permite abordar a apropriação do conhecimento pela organização. Mas a aprendizagem envolve mais do que a criação do conhecimento individual, abrangendo sua utilização e institucionalização na organização. O resultado da aprendizagem organizacional é a aquisição de uma nova competência: uma habilidade de aplicar novos conhecimentos para melhorar a performance de uma atividade presente ou futura. Portanto, está implícito neste trabalho o pressuposto de que as competências estão relacionadas com a aprendizagem organizacional. Apesar de alguns autores terem mostrado que há uma relação entre competências e aprendizagem, poucos estudos empíricos trazem evidências que a sustentem. Visando superar o desafio, este trabalho teve por objetivo analisar os processos de aprendizagem organizacional ocorridos em duas instituições de ensino superior a partir da oferta de Cursos Superiores de Tecnologia (CST) e sua respectiva demanda por determinadas competências organizacionais (novas ou não). O setor da educação profissional foi escolhido para a realização dos estudos de caso. A construção teórica buscou articular elementos conceituais inerentes às categorias competências e aprendizagem organizacional. Percebeu-se que para avançar no conhecimento sobre os temas, era necessário correlacioná-los com mudança e circulação do conhecimento no nível organizacional. A desconstrução das competências desenvolvidas pelas instituições de ensino foi o caminho encontrado para descortinar os processos de aprendizagem e verificar a convergência entre os conceitos. Quanto à metodologia, a natureza da pesquisa foi exploratória, tendo abordagem qualitativa, método de estudo de caso múltiplo, e perspectiva temporal longitudinal. A análise dos dados mostrou que os conhecimentos gerados foram incorporados a ponto de comporem o senso comum dos integrantes das organizações estudadas, ou seja, foram institucionalizados. As mudanças ocorridas na articulação dos recursos foram profundas, envolvendo inclusive mudanças nos valores organizacionais. Tais fatos permitiram constatar que a aprendizagem deu-se no nível organizacional. Algumas competências, desenvolvidas anteriormente aos eventos de implantação dos novos cursos, foram mantidas, enquanto que outras foram alavancadas e construídas. A oferta dos CSTs foi estabilizada e incorporada nos planos futuros da organização, mostrando que práticas e rotinas tornaram-se um padrão estável. As teorias institucional e de cultura organizacional foram evocadas para auxiliar tal análise. No capítulo final são sumariados os principais achados da pesquisa e são sugeridas pesquisas futuras neste campo. Entende-se assim, que houve uma contribuição efetiva na teorização sobre aprendizagem organizacional no Brasil, a qual foi sustentada por pesquisa empírica. |