Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1994 |
Autor(a) principal: |
Freitas, Sueli dos Santos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11140/tde-20210104-195116/
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Resumo: |
O objetivo deste estudo foi obter isolados de rizobactérias promotoras do crescimento de plantas (RPCPs) e identificar, exploratoriamente, alguns de seus possíveis modos de ação, em experimentos em casa de vegetação, com amostras de um latossolo vermelho-amarelo, com valor de pH em CaCl2 de 6,3, utilizando diversos sistemas plantamicrorganismos. Conduziu-se um experimento com feijão (Phaseolus vulgaris), com inoculação dos fungos micorrízicos Glomus etunicatum (GE) e Scutellospora heterogama (SH), de dezesseis isolados fluorescentes de Pseudomonas spp. e de Rhizobium leguminosarum bv. phaseoli. Dois isolados de Pseudomonas foram patogênicos às plantas, mas vários deles resultaram em aumento de quase todas as variáveis analisadas (matéria seca de raízes e nódulos, nitrogênio e fósforo na parte aérea e infecção radicular pelos fungos micorrízicos). Houve interações das bactérias fluorescentes com os fungos micorrízicos, quase sempre com melhor resultado para a inoculação conjunta com GE. Conduziu-se um experimento com milho (Zea mays) em solo natural e esterilizado e inoculação de 46 isolados de Pseudomonas spp. Em quatorze tratamentos de inoculação houve morte das plantas no solo natural mas não no esterilizado e em outro tratamento as plantas morreram no solo esterilizado mas não no natural. Não houve efeito benéfico de isolados bacterianos sobre a matéria seca de parte aérea ou de raízes. Conduziu-se um experimento com tomateiro (Lycopersicon esculentum) em solo natural e esterilizado e 46 tratamentos de inoculação com Pseudomonas spp. fluorescentes e dezesseis de Bacillus spp. Um isolado de Pseudomonas e um de Bacillus tiveram efeito negativo sobre a matéria seca da parte aérea das plantas cultivadas em solo esterilizado. Não houve efeito benéfico de isolados bacterianos sobre a matéria seca de parte aérea e de raízes. Conduziram-se três experimentos com soja (Glycine max). Num deles, com a cultivar Santa Rosa, as plantas foram cultivadas em solo natural e esterilizado e inoculadas com 46 isolados fluorescentes de Pseudomonas spp. Não houve efeito dos isolados sobre a matéria seca de parte aérea e de raízes. Nos outros experimentos, com as cultivares Santa Rosa Clorose e T-203, inocularam-se 28 isolados fluorescentes de Pseudomonas spp. apenas em solo natural. Ocorreu deficiência de ferro nas plantas, avaliadas visualmente por notas de 1 (planta sem sintomas de deficiência) a 5 (planta clorótica com manchas necróticas). Não houve efeito estatisticamente significativo das bactérias sobre a deficiência de ferro, avaliada por notas, ou sobre a massa seca da parte aérea no experimento com a cultivar Santa Rosa Clorose. No experimento com a T-203, a inoculação com um dos isolados resultou em notas menores em relação à testemunha não-inoculada e com outro isolado, em maior massa de parte aérea. Confrontaram-se "in vitro" os 46 isolados de Pseudomonas spp. e dezesseis de Bacillus spp. com 24 fungos de solo, fitopatogênicos ou não. As bactérias fluorescentes apresentaram variadas reações de antagonismo aos fungos enquanto que os Bacilli tiveram comportamento mais uniforme. De maneira geral, concluiu-se que o efeito benéfico de rizobactérias pode resultar da interação com micorrizas. O antagonismo a fitopatógenos foi observado "in vitro". Em soja, algumas evidências sugeriram que RPCPs podem fornecer ferro a plantas crescendo em condições de baixa disponibilidade do nutriente, mas há necessidade de estudos comprobatórios. Rizobactérias também podem ser deletérias às plantas. |