O coro antropófogo no Bixiga: o processo de criação dos atuadores com a música n\'Os Sertões do Teatro Oficina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Coura, Leticia Barbosa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27156/tde-01092021-223411/
Resumo: A Companhia Teat(r)o Oficina Uzyna Uzona desenvolveu uma relação única com a música, principalmente a partir da prática com o coro, no processo de criação e temporada d\'Os Sertões, transcriação para o teatro do clássico de Euclides da Cunha, com direção de José Celso Martinez Corrêa. Cinco espetáculos totalizando 26 horas de duração, criados e apresentados no Teatro Oficina em São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Salvador e Canudos (BA), Recife (PE), Quixeramobim (CE), Brasil, além de Recklinghausen e Berlim, Alemanha, no período de 2002 a 2007, com uma equipe de aproximadamente 100 pessoas entre técnicos e artistas. Teatro de Estádio, Te-Ato, Tragicomediorgia, Coro Protagonista e Público Atuador são alguns dos conceitos desenvolvidos pelo grupo e abordados neste trabalho, em que a experiência de quase 20 anos como atuadora da Companhia - atriz, cantora, compositora e preparadora vocal - é determinante. A partir de uma revisão bibliográfica do corpus teórico sobre o Oficina, e análise de arquivos pessoais, anotações, textos e registros de ensaios que tratam da relação ator/cantor, das diferentes práticas de preparação do coro para cantar, exercícios de percepção musical que foram sendo desenvolvidos durante o processo de criação d\'Os Sertões, apresento aqui um olhar sobre a criação de um coro antropófago em sua relação com a música. E proponho um diálogo hipertextual entre reflexão e prática, por meio de trechos comentados dos espetáculos acessáveis pelos links indicados ao longo do trabalho. Um olhar de dentro, um ponto de escuta como inspiração para uma reflexão sobre o modo singular e multifacetado de operar diferentes linguagens para a criação de uma ópera urbana contemporânea complexa e original.