Notícias de Honduras: uma leitura crítica da cobertura dos jornais diários sobre a deposição de Manuel Zelaya

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Araujo, Samantha Maia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/84/84131/tde-11092018-105752/
Resumo: A presente pesquisa teve como objetivo investigar como a retirada de Manuel Zelaya da Presidência de Honduras em 2009 foi narrada pelos jornais brasileiros O Estado de S. Paulo e O Globo e pelo jornal hondurenho La Tribuna. O objetivo foi verificar se os relatos dos veículos selecionados sobre a crise em Honduras conseguiram construir uma compreensão do acontecimento por meio da produção de reportagens que contivessem as quatro vertentes do Jornalismo Interpretativo: o aprofundamento do contexto, a humanização do fato, o resgate das raízes históricas e o diagnóstico/prognóstico das fontes especializadas. O episódio em Honduras é representativo como estudo de caso por ajudar a revelar e compreender as limitações com que o Brasil, em geral, e o Jornalismo brasileiro, em especial, lidam com temáticas da América Latina. Empregamos como metodologia a pesquisa exploratória e o método histórico, especialmente por meio de fontes primárias e secundárias de pesquisa relacionadas à história de Honduras. Também foram utilizadas como instrumentos de pesquisa entrevistas com especialistas e cidadãos hondurenhos, a partir das quais foram produzidos ensaios-reportagens condizentes com a narrativa da contemporaneidade. Além de recorrer às técnicas de leitura cultural, a pesquisa usou, de modo complementar, a Análise do Discurso. A pesquisa revelou como a abordagem objetiva dos veículos de comunicação é insuficiente para retratar a realidade política de um país, o que mostra a necessidade de se buscar outros paradigmas para construir uma narrativa verdadeiramente dialógica.