Anatomia do caule e da raiz em Menispermaceae\"

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Tamaio, Neusa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41132/tde-14022008-104858/
Resumo: Menispermaceae é uma família de distribuição pantropical que compreende diversos hábitos, em sua maioria, trepadeiras herbáceas e lianas, além de ervas, arbustos e árvores e onde se faz presente a variação cambial do tipo câmbios sucessivos. Este trabalho apresenta um estudo anatômico do caule e da raiz com ênfase nas lianas e trepadeiras herbáceas. Estudou-se 10 gêneros, 14 espécies e 31 espécimes. Cinco espécies são trepadeiras herbáceas, uma é herbácea (Cissampelos ovalifolia), uma é arbustiva (Abuta grandifolia), e o restante são lianas. As lianas e o arbusto apresentam em seus caules, a variação cambial do tipo câmbios sucessivos, enquanto as trepadeiras herbáceas e a erva não apresentam essa variação estrutural. Demonstra-se na liana Abuta imene, de maneira inédita para a família, que o periciclo origina o tecido conjuntivo, e esse, por sua vez, os câmbios sucessivos. Na análise comparativa do xilema secundário em diversos anéis sucessivos contidos no mesmo caule, destaca-se que o lenho produzido pelos novos anéis vasculares, normalmente, não difere qualitativamente do anel vascular original, no entanto há diferenças quando aos caracteres quantitativos: os diâmetros dos elementos de vasos sofreram aumento estatisticamente significativo no sentido centro-periferia. A análise do caule entre dois hábitos de Abuta grandifolia (liana X arbusto) mostrou que ambos possuem o mesmo padrão anatômico, porém, destaca-se que os diâmetros de elementos de vasos são menores no arbusto. Variações quantitativas ocorrem entre o lenho de caule e a raiz de trepaderias herbáceas e estão relacionadas ao diâmetro e comprimento dos elementos de vasos que são maiores nos caules. Alguns dados são relatados, pela primeira vez, para essa família: (1) Classifica-se o sistema subterrâneo de Disciphania hernandia como raiz tuberosa; (2) Ruptura do raio vascular através da transformação de iniciais radiais em iniciais fusiformes no xilema e floema; (3) A constatação de câmbios sucessivos na raiz da liana Chondrodendron platiphyllum. Apesar da similaridade quanto à estrutura anatômica geral do caule, existem caracteres que separam as trepadeiras herbáceas das lianas, tais como: o tipo de parênquima, morfologia dos cristais, o diâmetro e a distribuição dos elementos de tubos crivados e a transformação das iniciais, tanto fusiformes quanto radiais nas trepadeiras herbáceas. Fornece-se, ainda, alguns aspectos anatômicos do floema secundário no caule. Recomenda-se a padronização de estudos do lenho na família através do primeiro anel. Discute-se a presença de raio medular na família. Conclui-se que os caules das lianas são muito similares, portanto, a identificação das porções do lenho utilizadas em objetos comercializados somente é possível ao nível de família.