Variabilidade genética em populações de Melipona quadrifasciata anthidioides Lepeletier e Tetragonisca angustula angustula Latreille (Hymenoptera, Apidae, Meliponinae)

• Ano de defesa: 1999
• Autor(a) principal: Aidar, Davi Said
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
• Palavras-chave em Português: Não informado
• Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59131/tde-24062024-124932/

A sobrevivência de colônias de meliponíneos é dependente da variabilidade genética da população de cada espécie e muitas espécies estão sendo extintas devido à consangüinidade e à diminuição de alelos xo, porque habitam pequenas áreas com poucas colônias. Quanto maior o número de colônias da mesma espécie na mesma área de reprodução, maior a oportunidade de sobrevivência. O estudo do número de alelos xo indica se a população está sob o efeito \'\'Efeito Yokoyama e Nei\" e assim, pode-se intervir, introduzindo novas rainhas ou colônias de outras regiões para aumentar o número de alelos xo e manter a população em equilíbrio, evitando mortes de colônias com a produção de machos diplóides. Para medir a variabilidade genética das populações de Melipona quadrifasciata anthidioides Lepeletier e Tetragonisca angustula angustula Latraille, foram estudadas as populações do Meliponário-A, Rua José da Silva, 868, Ribeirão Preto, SP. Foi estimado o número de alelos sexuais xo nas duas populações usando o método desenvolvido por KERR (1987). Foram contadas as proporções de machos diplóides e fêmeas nos primeiros favos de crias originados das colônias filhas resultantes de divisões das colônias matrizes. As colônias filhas foram formadas com 2-3 favos nascentes e 100-150 abelhas de diferentes idades, de acordo com o Método 2 para multiplicação artificial de colônias de M. q. anthidioides em orfandade (AIDAR, 1996a). Com a mesma população dessa espécie foi estimado o número de alelos sexuais xo antes e depois da introdução de 10 colônias que tiveram suas rainhas acasaladas com machos de populações das regiões de Domingos Martins e São Paulo de Aracê, ES. O número de alelos sexuais antes e depois da introdução das colônias acasaladas no Espírito Santo foi 8 (s=3,36) e 17,33 (s=9,23), respectivamente. O número de alelos sexuais na população de T. a. angustula foi 56 (s=54,03). Com a mesma população de M. q. anthidioides, 8 operárias de cada uma das 52 colônias foram submetidas a análises eletroforéticas em gel de amido para investigar a variabilidade nos locas codificadores das enzimas EST, IDH, ME, PGM, SOD, ∝PGD, MDH, LAP, HK e PGI. As enzimas IDH, ME, PGM, SOD, ∝PGD, MDH e PGI não apresentaram variação. Para LAP e HK não foram detectadas atividades. No entanto, foi verificado polimorfismo para esterase em 51,92% das colônias. Pelo Teste X2 a hetorogeneidade dessas populações demonstrou semelhança quanto às freqüências alélicas desta enzima. Para o desenvolvimento dos experimentos desta tese, as colônias de meliponíneos foram submetidas a técnicas de manejo específicas para populações de locais com poucas floradas. Aspectos de manejo, como alimentação artificial e manipulação para a manutenção das colônias em boas condições, também foram descritos.