O \'Sonho de Scipião em lingoage portuguesa\': acerca da recepção de tratados morais de Cícero no Portugal quinhentista

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Reis, Flávio Antônio Fernandes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8150/tde-03122008-155922/
Resumo: Este estudo tem como fim contribuir para o conhecimento da recepção latina no Portugal quinhentista, revelada na análise da vulgarização portuguesa intitulada \"Sonho de Scipião\". Este texto vulgarizado pelo fidalgo português duarte de Resende e impresso pela primeira vez em 1531 por Germão de Galharde, juntamente com outros dois tratados ciceronianos, uma carta dedicatória e uma \"Vida de Marco Túlio\". Assim,esta pesquisa busca aprofundar o conhecimento das relações entre as letras portuguesas do século XVI com as autocritates latinas, especificamente na apropriação e uso oratório e ético dos tratados de filosofia moral ciceronianos. Assim, para evidenciar as motivações de Resende em publicar o Somnium Scipionis de Cícero em língua vulgar portuguesa, observamos a prática de vulgarizações da Corte de Avis, analisando cartas, prólogos e obras divulgadas desde o século XV. Em seguida, relacionamos o Sonho de Scipião português com questões do tempo, tais como a tópica da valorização da língua vulgar, o Averroísmo paduano e a difusão do pensamento erasmista. Por fim, detivemo-nos a analisar retoricamente a vulgarização quinhentista de Duarte de Resende intitulada Sonho de Scipião.