Capacidades organizacionais e a sinergia na criação de valor para stakeholders.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Barakat, Simone Ruchdi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12139/tde-18062018-170624/
Resumo: De acordo com a Teoria dos Stakeholders, os gestores devem coordenar os interesses dos indivíduos e grupos que podem afetar ou ser afetados pelo alcance dos objetivos da empresa. Há evidências de que a sobrevivência da empresa no longo prazo só poderá ser alcançada se os gestores considerarem não apenas os interesses dos acionistas, mas também dos funcionários, clientes, fornecedores e das comunidades - os chamados stakeholders primários. Contudo, ainda não está claro, na literatura, como as empresas podem operacionalizar a coordenação desses interesses. Defende-se, nesta tese, que as empresas podem buscar pontos comuns e interconexões desses interesses alcançando maior sinergia na criação de valor para os diversos grupos. Para o alcance da sinergia na criação de valor para stakeholders, propõe-se que as empresas desenvolvam as seguintes capacidades organizacionais: capacidade de conhecimento, capacidade de engajamento, capacidade de integridade e capacidade de adaptação, que, em conjunto, formam a capacidade dinâmica de gestão de stakeholders, definida como \"capacidade de a empresa integrar, construir e reconfigurar seus recursos e rotinas para atender simultaneamente aos interesses dos stakeholders no contínuo processo de criação de valor\". Essas capacidades foram propostas com base nas literaturas de gestão de stakeholders e capacidades organizacionais. Após essa proposta, a relação entre as quatro capacidades e a sinergia na criação de valor para stakeholders foi testada em uma amostra de 116 empresas, com dados referentes aos anos 2011, 2012 e 2013, totalizando 273 observações. Os dados foram obtidos da base do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBOVESPA) e analisados por meio de modelos longitudinais de regressão para dados em painel. Os resultados da pesquisa empírica mostraram que a capacidade de conhecimento e a capacidade de adaptação estão positivamente relacionadas com a sinergia na criação de valor. A capacidade de engajamento e a capacidade de integridade não se mostraram estatisticamente relacionadas com a sinergia na criação de valor nas empresas e períodos analisados.