Metamorfose da várzea paulistana: energia, saneamento e urbanização

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Grinspum, Gabriel Rodrigues
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16138/tde-11072014-112420/
Resumo: O complexo hidrelétrico da Serra de Cubatão foi considerado a grande obra de engenharia da primeira metade do século XX no Brasil. Este complexo polêmico foi possível graças à opção do poder público de legitimar o predomínio das forças produtivas e do capital na incorporação das planícies aluviais do rio Pinheiros à malha urbana da cidade, permitindo a execução de um projeto de infraestrutura que transformou o leito natural e sinuoso do rio Pinheiros em um canal de derivação das águas do rio Tietê, que passam pela bacia de São Paulo e são desviadas para a geração de energia, lançando esta água Serra do Mar abaixo. A sinergia obtida com as múltiplas funções incorporadas ao projeto da São Paulo Tramway, Light and Power Company acelerou o processo de construção da cidade sobre os novos terrenos metamorfoseados. Este ganho de tempo, proporcionado pelo capital internacional investido, contrapõe-se à ausência, no espaço urbano, de infraestruturas e equipamentos públicos essenciais para o equilíbrio socioambiental da metrópole paulistana. A dissertação aborda a transformação da natureza do lugar e a transformação das prioridades na infraestrutura urbana já instalada. Apresenta, em seu desenvolvimento, um diálogo entre o Projeto da Serra executado pela Companhia Light e o plano apresentado pelo Município de São Paulo, através da Comissão de Melhoramentos do Rio Tietê, para o combate às enchentes, diluição de efluentes e navegação no trecho do rio que fazia frente à cidade. Os dois projetos, delineados na década de 20, são partes distintas de uma mesma iniciativa da sociedade, que tinha como os principais propósitos o progresso, o avanço sobre as planícies aluviais paulistanas, a valorização da terra, o saneamento e a integração da metrópole.