Guignard: experiência em Ouro Preto por meio da representação pictórica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Assumpção, Ana Laura
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/102/102132/tde-26042019-130215/
Resumo: A presente dissertação discute dois períodos da história da arte brasileira, nos quais se busca analisar processos de representação pictórica, historicamente localizados, da ideia de brasilidade a partir do entendimento de construção da imagem por Merleau-Ponty (1908-1961), a saber: os registros dos artistas-viajante e a pesquisa plástica empenhada pelo modernismo. O processo de construção de uma imagem é baseado nas dimensões do processo perceptivo e cada artista desenvolve categorias históricas orientado conforme sua perspectiva vivida. Nesse sentido, a abordagem merleau-pontyniana problematiza a relação dialógica entre obra/representação, contexto histórico/cultural e sujeito/artista. O olhar atento ao papel desse processo na construção da representação, na construção da defi nição de um objeto, no caso a experiência de um lugar, é o foco desta pesquisa. Como consequência do entendimento merleaupontyniano, um dos períodos destacados aparece como um contraexemplo e o outro, como exemplo - e principal objeto de estudo -, cujo processo sugere, no recorte dessa investigação, uma experiência em Ouro Preto. O contraexemplo diz respeito ao contexto das viagens de artistas estrangeiros ao Brasil, especifi camente, no panorama constituído pelos artistas-viajantes do século XIX e relacionado à noção de pitoresco. Foi escolhido para essa abordagem o percurso de Johann Moritz Rugendas (1802-1858). Já o objeto de pesquisa localiza-se um século depois, com base no processo da modernização. Toda a mudança de mentalidade e de estrutura da sociedade acabou refl etindo na maneira de enxergar o mundo e, consequentemente, de representar o mundo. Como representativo, aparece o percurso do artista Alberto da Veiga Guignard (1896-1962), principalmente as Paisagens Imaginantes, com as quais tornou visível sua aproximação com Ouro Preto. O sujeito da pesquisa, Guignard, localizado historicamente na cidade de Ouro Preto, possui processo particular de construção do olhar. São os processos de representação que caracterizam percursos distintos na construção da relação entre o sujeito e o mundo, no caso, a relação desse artista com o mundo em que viveu, com Ouro Preto e como essa relação se mostra em suas obras e nos possibilita partir da hipótese de pensá-la como experiência em Ouro Preto.