Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Daniel Riccioppo Cerqueira Ferreira de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5168/tde-04112016-144020/
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: Não obstante os bons resultados e reprodutibilidade da derivação gástrica em Y de Roux (DGYR), discutem-se ainda aspectos técnicos que podem influenciar tanto o resultado na perda de peso, como a qualidade de vida pós-operatória (PO). Atribui-se hoje a efeitos restritivos, como volume da bolsa gástrica e sua velocidade de esvaziamento, assim como a fatores metabólicos, o resultado da cirurgia. As influências morfofuncionais não são totalmente compreendidas. OBJETIVO: Avaliar a influência do volume da bolsa gástrica e sua velocidade de esvaziamento sobre a perda de peso e a tolerância alimentar no PO de DGYR. MÉTODO: Pacientes em PO tardio de DGYR; foram avaliados a percentagem de perda de excesso de peso (%PEP), reganho de peso (%PEPreganho), tolerância alimentar por questionário de tolerância (ES), volume da bolsa (V) por tomografia computadorizada tridimensional (TC3D) e velocidade de esvaziamento da bolsa por cintilografia, avaliada por percentual de retenção (%Ret) em 1, 2 e 4 horas. Foram identificados pontos de corte para V e %Ret em 1 hora (%Ret1). A partir destes parâmetros a amostra foi categorizada por V e %Ret1, e os dados correlacionados com resultados em perda de peso e tolerância alimentar. RESULTADOS: Foram estudados 67 pacientes. A idade mediana foi 51 anos, 91,04% sexo feminino, e IMC mediano inicial de 51,44 kg/m2. O tempo de seguimento PO mediano foi de 47 meses. A amostra apresentou 60,27%PEPnadir como mediana da maior perda de peso PO e 16,13%PEPreganho. A mediana de V foi de 28mL; a %Ret em 1, 2, 4 horas foras foram 8%, 2%, 1%, respectivamente. A pontuação mediana do ES foi 21. Os pontos de corte considerados foram V=40mL, e %Ret1 de 12% e 25%. Foram comparados subgrupos por V (V <= 40mL, V > 40mL) e por %Ret1 (%Ret1 <= 12%, 12%<%Ret1 < 25%, e %Ret1>=25%). Na análise categorizada por V, houve associação entre V <= 40mL e maior velocidade de esvaziamento até 2 horas (V <= 40mL: %Ret1=6, %Ret2=2, p=0,009; V > 40mL: %Ret1=44, %Ret2=13,5, p=0,045). Na análise categorizada por %Ret1, observou-se associação entre maior velocidade de esvaziamento em 1 hora e melhor evolução ponderal tardia, representada por menor %PEPreganho (p=0,036), e maior %PEPatual (p=0,033) no grupo com %Ret1 <= 12%. Na avaliação do ES, associou-se melhor tolerância alimentar (ES > 24) e menor %Ret1 (p=0,003). CONCLUSÕES: Houve associação do volume da bolsa gástrica com a velocidade de esvaziamento. O esvaziamento mais rápido correlacionou-se com maior %PEP tardia, menor reganho de peso e melhor tolerância alimentar. Estes dados sugeriram que a presença de bolsa gástrica pequena, com menos de 40 mL, e com rápido esvaziamento, são parâmetros importantes para adequado resultado tardio na DGYR. O uso da TC3D e da cintilografia para avaliação morfofuncional da DGYR podem contribuir para investigação do reganho de peso e intolerância alimentar PO |