Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Pacheco Neto, Maurilio |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5160/tde-31082010-175812/
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Resumo: |
A azatioprina (AZA) é um imunossupressor utilizado no tratamento de doenças autoimunes como lúpus eritematoso sistêmico, doença de Crohn, doença inflamatória intestinal e contra a rejeição em transplantes de órgãos sólidos. Após mais de 40 anos de uso a AZA continua exercendo um papel central nos regimes imunomoduladores, devido ao fato de combinar eficácia, segurança e baixo custo. Sabe-se que a atividade da tiopurina metiltransferase pode determinar, pelo menos em parte, a eficácia clínica da AZA. Esta enzima apresenta polimorfismo genético co-dominante e a distribuição dos alelos variantes é significativamente diferente entre as populações. A grande variabilidade farmacocinética no metabolismo AZA justifica a sua monitorização terapêutica. Neste trabalho otimizou-se uma metodologia para a quantificação dos metabólitos da AZA, 6-TGN e 6-MMP, por cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC/UV-Vis), utilizando-se um detector de ultravioleta-visível em um único comprimento de onda, após a amostra passar por uma desproteinização ácida simples e ser aquecida para a conversão dos metabólitos em suas respectivas bases livres. Os valores destes metabólitos foram determinados em uma população de 124 pacientes transplantados renais. Para adequarmos o processo às legislações locais e internacionais, foram seguidas orientações da Anvisa, FDA e CLSI. A separação foi realizada em coluna de fase reversa, sendo a fase móvel A fosfato de potássio e a fase móvel B metanol. A detecção da 6-TGN e da 6-MMP foi realizada em 342 m (UV-Vis). O estudo da linearidade da 6-TGN variou entre 0,30 e 89,71 mol/L e da 6-MMP entre 0,30 e 93,86 mol/L. As recuperações, de 95,08 a 100,80% para 6-TGN e 95,38 a 105,06% para 6-MMP. Os CV da repetibilidade, de 0,04 a 5,06%, enquanto os CV da reprodutibilidade de 4,88 a 12,73% para 6-TGN e 6-MMP. Para ambos os metabólitos o LD e o LQ foram de 0,30 mol/L e 0,13 mol/L. Os eritrócitos lavados e as amostras tratadas, prontas para a injeção no HPLC, foram armazenadas abaixo de -5°C até a análise. Nesta temperatura estiveram estáveis durante 8 semanas e 1 dia, respectivamente. Os valores das concentrações de 6-TGN e 6-MMP encontrados nas amostras dos pacientes variaram entre não detectável a 1569 mol/8 x 108 RBC (mediana de 200,50) e não detectável a 113057 mol/8 x 108 RBC (mediana de 5166), respectivamente. As correlações entre os níveis de 6-TGN ou 6-MMP e as variáveis sexo, tempo pós-transplante, número de transplantes e dosagem de AZA (mg/kg) foram examinadas em diferentes grupos. O método proposto apresenta boa relação custo-benefício, é simples, preciso e rápido na determinação das concentrações intraeritrocitárias de 6-TGN e 6-MMP em pacientes sob terapia com AZA. O método validado permite que o laboratório forneça dados farmacocinéticos úteis e precisos para o ajuste do tratamento do paciente e pode ser facilmente adaptado para a análise rotineira destes metabólitos. Os resultados das amostras dos pacientes estão de acordo com os encontrados em outros estudos, atestando a utilidade dessa ferramenta analítica no acompanhamento dos pacientes |