\"Só vem pra não perder o Bolsa Família\": marcas de rebaixamento e resistência na cultura escolar (Cubati/2006-2019)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Teles, Rafaella de Sousa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-13052022-210615/
Resumo: Esta pesquisa objetiva problematizar as representações discentes significadas por práticas discursivas em circularidade na Escola Padre Simão Fileto e no serviço social da cidade de Cubati-Paraíba entre os anos de 2006-2019 por meio da interlocução de professores, gestores, alunos1 e familiares. O interesse em realizar este trabalho partiu da preocupação em problematizar, se nesses cenários, as expectativas rebaixadas sobre o desempenho escolar de meninos e meninas beneficiários do Programa Bolsa Família foram relacionadas com sua posição de classe e atrelamento ao benefício social. Uma hipótese que parte de uma observação empírica e se torna um estudo de caso, elaborado diante das frases: \"só vem para não perder o Bolsa Família\", e \"só vem para merendar\", ditas no cotidiano escolar de forma naturalizada. Na análise realizada, foi possível cartografar lutas de representações que conferem diferentes sentidos a essa premissa, que foi se complexificando em meio a redes codependentes que envolvem escola, rua, famílias, infâncias, juventudes, relações de trabalho e posições de sujeitos na cidade. Para tanto, foram selecionadas documentações - entrevistas presenciais e remotas, cartas, imagens, e questionários de livre associação - que foram lidas, do ponto de vista teórico-metodológico, correlacionando à história cultural do social a história oral, e suas contribuições para análise das culturas escolares, identidades e relações de classe, vertiginosamente problematizadas.