Programas de Prevenção e Controle de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde: diagnóstico de situações em hospitais do estado do Paraná.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Alves, Débora Cristina Ignacio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7139/tde-26062015-131208/
Resumo: Programas de prevenção e controle de infecção associada a assistência à saúde (PCIRAS), ao contribuírem para reduzir as ocorrências dessas infecções, constituem componentes relevantes de sistemas de avaliação da qualidade de instituições de assistência a saúde. Contudo, pouco tem sido investido para reconhecer a própria qualidade desses programas. A finalidade deste estudo foi caracterizar o desempenho desses programas em hospitais do Estado do Paraná-Brasil, tendo como hipótese um resultado mínimo de 75% de conformidade. Estudo prospectivo e transversal de avaliação processual, por meio de um instrumento previamente validado, composto por quatro indicadores cujos conteúdos contemplam o desempenho esperado/desejado desses programas em relação às exigências governamentais brasileiras e à literatura internacional. Os indicadores são: 1) Estrutura Técnico-operacional (PCET); 2) Diretrizes Operacionais (PCDO); 3) Sistema de Vigilância Epidemiológica (PCVE); 4) Atividades de Controle e Prevenção (PCPP). Cada um desses indicadores, por sua vez, possui vários componentes ou unidades de avaliação. O estudo foi realizado de 2013 a 2014 em 50 hospitais definidos estatisticamente por amostra de acesso. A conformidade geral obtida por esses programas foi 71,0%, com dispersão (dp) de 23,88. As conformidades de cada indicador foram: PCET - 79,4% e 18,9dp; PCVE 76,0% e 30.5dp; PCDO - 65,5% e 26,9dp; PCPP-63,2%/39,5dp. O desempenho geral ficou pouco abaixo daquele previamente esperado, devido aos indicadores PCDO e PCPP. Já, os indicadores PCET e PCVE apresentaram desempenho acima do mínimo geral previamente considerado. Como conclusão, os programas apresentam adequação mínima para sua operacionalização e para realizar a vigilância epidemiológica, mas é possível considerar que o processo adequado está prejudicado devido à insuficiência quantitativa e qualitativa de diretrizes operacionais e de ações para o controle e prevenção dessas infecções. A presença de certificação em qualidade em saúde, realização de auditorias internas, presença de enfermeiro exclusivo para atuar no Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH), presença de profissionais médicos contratados e concursados, maior carga horária de dedicação exclusiva e tempo de experiência de médicos e enfermeiros, apresentaram associação significativa para melhor desempenho dos PCIRAS, respectivamente. Sendo o Paraná um dos estados mais desenvolvidos do Brasil, o resultado desse estudo é preocupante e motiva a necessidade de reconhecer e caracterizar esses programas nas outras regiões do país. Finalmente, a avaliação aplicada com esses indicadores permitiu um reconhecimento mais aprofundado do modus operandi dos PCIRAS. Por outro lado, futuras investigações precisam ser desenvolvidas com o intuito de reconhecer o impacto da conformidade desses programas com a ocorrência de infecções nas instituições de saúde.