Ginásios Orientados para o Trabalho (GOTs): caminhos e descaminhos de um modelo educacional a serviço do desenvolvimento econômico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Bizzocchi, Carlos Eduardo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48136/tde-18112022-101928/
Resumo: Os Ginásios Orientados para o Trabalho (GOTs) foram instalados em 1968 em alguns estados brasileiros, com a rubrica do governo federal e com vista à descoberta de aptidões e preparação dos alunos para uma realidade baseada no desenvolvimento econômico, como modelo educacional vocacional. Sob a justificativa de ser uma escola democrática que visava ao aceso universal sem distinção, implicitamente intencionava a formação do aluno para o trabalho, implementando uma função terminal a este nível de ensino. Durante os dez anos em que foi gestado, o modelo vocacional foi amplamente debatido, sob a justificativa da educação precisar servir ao desenvolvimento econômico do país. Por meio da leitura de documentos como jornais diários, revista Vozes, revista Anhembi e Diários do Congresso, principalmente, procedeu-se a uma análise de conteúdo para investigar a possível influência política e intelectual na formação dos GOTs ao longo deste recorte temporal. Com o aprofundamento das investigações, concluiu-se que o modelo em questão, apesar das manifestações constantes e das variadas reconfigurações dos personagens mais atuantes durante o período entre sua idealização e sua instalação, foi criado dentro do campo tecnoburocrático do governo federal, sob influência decisiva de contexto político-social favorável e interferência do setor empresarial e do capital estrangeiro envolvido, por meio de acordos de cooperação binacionais entre Brasil e Estados Unidos.