Preparação, caracterização e estudo de dissociação do naproxeno em uma matriz de quitosana

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Medeiros, Ricardo dos Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/75/75135/tde-25092019-091335/
Resumo: Foram realizados estudos buscando otimizar as condições reacionais para obtenção de um sal (QN) de naproxeno (NAP) e o biopolímero quitosana (QP). Essa matriz (QN) foi utilizada para o estudo do equilíbrio de dissociação do anti-inflamatório. Para tanto, foram estudadas as melhores condições em relação aos parâmetros tempo reacional, temperatura de reação e razão molar dos reagentes. Os produtos foram caracterizados por ressonância magnética nuclear de hidrogênio e carbono 13, 1H e 13C RMN, espectroscopia vibracional na região do infravermelho com transformada de Fourier, FTIR, espectroscopia eletrônica na região do ultravioleta-visível na modalidade reflectância difusa, UV-vis, difração de raios X (DRX) e técnicas termoanalíticas: termogravimetria (TG), análise térmica diferencial (DTA) e calorimetria exploratória diferencial (DSC). Além disso, estudou-se a evolução dos gases por termogravimetria acoplada a espectroscopia vibracional na região do infravermelho (TG-FTIR). Verificou-se que o maior rendimento de sal foi obtido nas seguintes condições reacionais: 24 horas, temperatura de 60°C e razão molar de 1 mol de QP para 1,05 mol de NAP. Este produto de reação foi chamado de QN1. Neste caso, quando calculado o grau de substituição (GS) por meio da técnica de RMN 13C, observou-se um GS de 19,1 %, sugerindo uma neutralização do grupo NH2 ligado ao C2 do biopolímero com o grupo COOH presente no fármaco. Nos espectros de FTIR foram observadas bandas que correspondem a formação de um produto diferente de QP e NAP, corroborando com a hipóstese de formação do sal QN1. No espectro do UV-vis notou-se as três bandas referentes à absorção dos grupos cromóforos pressentes no sal. Nos difratogramas, verificou-se um pico na região de ~22Ø em QN1, sendo esse já observado como um ombro em QP, porém houve um incremento, além disso, alterações no índice de cristalinidade da quitosana, sugeriram modificações na sua estrutura semicristalina após reação com o NAP. As curvas TG/DTG/DTA mostraram alterações no comportamento térmico do QN1 em relação à QP, evidenciou que a modificação leva a mudanças no comportamento térmico e sugerem a presença de NAP na matriz biopolimérica. A caracterização corroborou hipótese de formação do sal, QN1, pois houveram modificações nos intervalos de perda de massa, assim como, pela razão entre a terceira e segunda perda de massa, pode-se verificar um ganho de estabilidade. Com objetivo de melhorar a capacidade de interação NAP-QP, realizou-se a reticulação das cadeias de quitosana com epicloridrina. No entanto, a reação teve um menor rendimento quando comparada com o sal não reticulado. Verificou-se pelas diferentes técnicas de caracterização, sobretudo, por RMN 13C que, ao invés de organizar e deixar os grupos amino ainda mais suscetíveis à reação, a estrutura da quitosana organizou-se de forma que houve menos interação com o fármaco. Portanto, para os sais QN1 e QPEPIN1 foi realizado o estudo do equilíbrio de dissociação por HPLC, em diferentes pHs 2,00 e 7,00, simulando condições do intestino e estômago, afim de verificar o seu perfil de dissociação e comportamento nessas soluções. Desse modo, verificou-se que em pH 2,00 para QN1 ocorre a dissociação mais rapidamente quando comparada com pH 7,00. Já o sal reticulado QPEPIN1, sua dissociação em pH 2,00 é mais lenta quando comparada com pH 7,00.