Efetividade da laserterapia de baixa intensidade em mulheres com DTM dolorosa em função da ansiedade, cortisol salivar e ciclo menstrual: ensaio clínico randomizado controlado duplo-cego

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Magri, Laís Valencise
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59134/tde-12062017-153051/
Resumo: Não há consenso na literatura quanto à utilização da laserterapia de baixa intensidade (LLLT) no tratamento da DTM dolorosa. O objetivo deste estudo foi analisar a efetividade da LLLT ativa e placebo na redução da dor, da ansiedade e do cortisol salivar de mulheres com dor miofascial em função das flutuações hormonais relacionadas ao ciclo menstrual. 124 mulheres, 94 diagnosticadas com dor miofascial (Research Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders) foram divididas em: grupo laser (31), placebo (30), sem tratamento (33) e controle (30). A LLLT foi aplicada em pontos pré-estabelecidos da região orofacial, 2x/semana, oito sessões (780 nm, masseter e temporal anterior = 5 J/cm2, 20 mW, 10 segs. e região da ATM = 7,5 J/cm2, 30 mW, 10 segs.). A dor foi mensurada quanto à sua intensidade (Escala Visual Analógica), sensibilidade (limiar de dor à pressão em pontos orofaciais e corporais, LDP) e aspectos qualitativos/afetivos (Versão Reduzida do Questionánio de Dor de McGill, SF-MPQ). Além disso, foi dosado o cortisol salivar matutino a fim de se estabelecer os níveis de estresse, e aplicado o Inventário de Ansiedade de Beck para avaliar a ansiedade percebida. Foram também coletados dados relativos ao ciclo menstrual (data da última menstruação, uso de anticoncepcional, menopausa). Para as comparações intra-grupos ao longo da LLLT foram utilizados os Testes de Friedman e Kruskal-Wallis; para as comparações inter-grupos, o Mann-Whitney (p < 0,05). As mulheres com dor miofascial apresentaram LDP reduzido em relação às controles, não houve variação do LDP para nenhum grupo após a LLLT. Foi observada redução da intensidade de dor para os três grupos em comparação ao momento inicial (p < 0,05): Laser (80%), Placebo (85%) e Sem Tratamento (43%). Apenas no grupo Laser houve manutenção da redução da intensidade de dor de mulheres que não faziam uso de anticoncepcionais após 30 dias de finalização da LLLT (p < 0,001). O período pré-menstrual se mostrou crítico para todas as variáveris analisadas. Houve redução do escore total do SF-MPQ e da ansiedade para todos os grupos (p < 0,05). Os níveis de cortisol não diferiram entre mulheres com dor miofascial e controles, e também não variaram ao longo do tratamento. A LLLT ativa e placebo são capazes de reduzir variáveis subjetivas (intensidade de dor, índices do SF-MPQ e ansiedade), porém não alteram a sensibilidade à dor da região orofacial ou de pontos corporais, e o cortisol salivar. Ambas apresentam efetividade clínica similar em mulheres com dor miofascial durante o período de tratamento (sessões de laser), embora o laser ativo seja mais efetivo na manutenção dos resultados em mulheres em idade fértil sem o uso de anticoncepcionais (maior flutuação hormonal)