Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Sousa, Andrey Wirgues de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5160/tde-02092021-144451/
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Resumo: |
Introdução: A asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas com diferentes fenótipos. Um dos fenótipos da asma é a obstrução das vias aéreas, que pode ser reversível espontânea ou com o tratamento. Entretanto, alguns indivíduos com asma desenvolvem obstrução fixa das vias aéreas (FAO), mesmo com o tratamento adequado. Objetivo: Este projeto de pesquisas foi realizado em 2 fases. A primeira fase teve 2 estudos e os objetivos foram: identificar os fenótipos e os fatores de risco para o desenvolvimento da FAO em crianças e adolescentes com asma, respectivamente. A segunda fase foi composta por 1 estudo e o objetivo foi: comparar o nível de atividade física (NAF), a potência aeróbia, a força muscular e a qualidade de vida de adolescentes portadores de asma com FAO e não-FAO. Método: Nas duas fases do estudo, os indivíduos deveriam ter o diagnóstico de asma de acordo com os critérios do GINA, estar em tratamento medicamentoso de asma no ambulatório do Hospital Infantil Darcy Vargas, há pelo menos, 12 meses e idade entre 6 a 18 anos. Na primeira fase, o estudo dos fenótipos da asma foi observacional retrospectivo e a análise de cluster foi feita por meio das variáveis da doença. O estudo dos fatores de risco para a FAO foi observacional prospectivo com 4 anos de seguimento. A FAO foi caracterizada por VEF1/CVF menor que o limite inferior da normalidade, mesmo após tratamento com corticoide inalatório e oral, por 7 dias. As variáveis analisadas para detectar os fatores de risco para o desenvolvimento da FAO foram: dados antropométricos, história pregressa da asma, hospitalizações, exacerbações, a prova de função pulmonar e imunoglobulina E (IgE) total e específica. A segunda fase do estudo é subsequente a primeira fase e trata-se de um estudo observacional transversal. Nesta fase foram incluídos adolescentes com asma de 12 a 18 anos, divididos em dois grupos: FAO e não-FAO. Foram avaliados os fatores de saúde relacionados ao NAF, a potência aeróbica, a força muscular respiratória e periférica e a qualidade de vida. Resultado: Na primeira fase, o estudo dos fenótipos incluiu 306 crianças e adolescentes com asma, sendo dividida em 3 clusters: função pulmonar normal, alta inflamação com função pulmonar normal e função pulmonar alterada. No estudo dos fatores de risco para FAO foram incluídos 428 pacientes e mostrou que a incidência da FAO na infância é de 9,5% e varia conforme a gravidade da asma. Os principais fatores de risco para o desenvolvimento da FAO foram a gravidade da asma e a exacerbação frequente. Na segunda fase, foram incluídos 41 pacientes (20 do grupo FAO e 21 do grupo não-FAO). Os resultados mostraram que o NAF, a potência aeróbia, a força muscular periférica e a qualidade de vida foram similares entre os adolescentes com FAO e não-FAO. Por outro lado, o grupo FAO apresentou maior força muscular expiratória do que o grupo não-FAO. Conclusão: Crianças e adolescentes com asma apresentam função pulmonar e inflamação como os principais fenótipos clínicos da doença. A gravidade da asma e exacerbação frequente foram os principais fatores de risco para o desenvolvimento da FAO. No entanto, o desenvolvimento da FAO pode não reduz o NAF, a potência aeróbia, a força muscular periférica e a qualidade de vida frente aos seus pares não-FAO. |