Formação médica e humanização

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Souza, Maria Elizabet Lautert de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47131/tde-04092018-095204/
Resumo: A formação médica e a humanização da Medicina tem sido tema de atenção crescente nas áreas da Educação e da Saúde brasileiras. Esta pesquisa teve por objetivo analisar e discutir a formação em Medicina quanto a aspectos relacionados com a visão humanista e humanizada da profissão, bem como as influências da cultura médica e dos sujeitos envolvidos no processo de formação técnica e humanística. Considerou-se que professores e estudantes fazem parte de um contexto social e cultural em que se dá a graduação, a prática médica e a formação, tanto pessoal quanto profissional. Os participantes convidados foram quatro professores e quatro estudantes de Medicina. Foi utilizada a História Oral como método de entrevista, com uma questão inicial disparadora. As narrativas indicaram núcleos temáticos com estreita relação com os objetivos desta pesquisa. Os recortes nas narrativas, destacados nos resultados, foram analisados com fundamentos teóricos relacionados à formação médica e humanização, à luz da Teoria Crítica da Escola de Frankfurt e com contribuições de autores da Sociologia, da Psicologia, da Medicina e da Educação, com os quais fosse possível estabelecer diálogo. Verificou-se um consenso entre os entrevistados professores e alunos quanto a ênfase e importância dada à capacitação técnica, sem o que não haveria o exercício adequado da profissão. Reconhecem também a importância das práticas humanizadas na saúde, e o fato de que a humanização deve ser desenvolvida e praticada desde a formação, estendendo-se ao exercício da profissão. No entanto, comentam de diferentes modos a necessidade de uma mudança estrutural, que abarque a cultura médica acadêmica e hospitalar e, de forma mais ampla, o sistema de saúde imerso na cultura da sociedade brasileira