Análise da eficiência do setor sucroenergético brasileiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Xavier, Carlos Eduardo Osório
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
DEA
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11132/tde-03122014-173110/
Resumo: O objetivo deste trabalho foi desenvolver e aplicar um critério para mensurar a eficiência econômica da produção do setor sucroenergético do Brasil e, em função disso, avaliar a existência de potenciais melhorias na eficiência nas atividades produtivas do setor. Para atingir esses objetivos foi desenvolvido um modelo DEA - Data Envelopment Analysis baseado na organização do sistema de produção. O modelo foi formulado considerando dados primários coletados com 67 agroindústrias brasileiras, responsáveis pelo processamento de 22,6% da cana produzida no Brasil, na safra 2012/2013. Testes paramétricos e não-paramétricos sobre os resultados de diferentes especificações de modelos DEA, apontaram como mais apropriado a adoção do modelo de análise de eficiência mais simples o qual é especificado pelos inputs área cultivada por cada agroindústria e a quantidade de ATR adquirida de fornecedores e pelo output equivalente a total de ATR recuperado na forma de açúcar e etanol. Considerou-se um modelo DEA com orientação insumo baseado na lógica de mensuração dos índices de eficiência econômica em razão da aproximação de custos, produto dos preços e quantidades de inputs. Com o objetivo de preservar a confidencialidade dos dados de cada empresa, a propriedade de invariabilidade dos resultados do método DEA em relação a unidade de medida das variáveis foi utilizada para transformar os dados de input e output em índices medidos em números inteiros na base 1000. Os resultados indicaram potencial de melhoria de eficiência econômica de 90% sobre os níveis de eficiência médios das usinas brasileiras considerando as práticas de produção vigentes na safra 2012/13. Decompondo a medida de eficiência econômica, a eficiência técnica foi estimada em 72% enquanto eficiência alocativa foi de 74%. A eficiência alocativa foi a medida de maior variabilidade entre as usinas. Os resultados indicaram uso de tecnologia com retornos constantes à escala de produção como a melhor especificação do modelo. Uma conclusão é que o potencial de ganho de eficiência na gestão do uso dos fatores de produção em razão de seus preços é tão relevante quanto o ganho com eficiência técnica. Essa conclusão é uma contribuição à discussão atual sobre a necessidade de incorporar ganhos de produtividade agrícola pelas usinas. Outra conclusão foi a de que uma vez obtidos ganhos de eficiência técnica, o aumento da verticalização da produção de cana, ou seja, a substituição da compra de cana de terceiros por arrendamento de terras pode contribuir para a melhoria de eficiência das empresas. Por fim, testes de avaliação indicaram que as usinas da região Centro-Sul são mais eficientes que as usinas do Nordeste, no entanto, não se observam diferenças de eficiência entre as usinas das regiões Tradicional e Expansão.