A evidenciação (\'disclosure\') das demonstrações contábeis dos fundos de investimento financeiro face ao não reconhecimento dos efeitos inflacionários: estudo de caso de um fundo de investimento financeiro - 90 dias

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2002
Autor(a) principal: Moreira, Stenio da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12136/tde-16092022-142606/
Resumo: O reconhecimento dos efeitos inflacionários sobre as demonstrações contábeis é recomendado pelo FASB e pelo IASB nas situações de hiperinflação. Esta se caracteriza por uma inflação acumulada de 100% num período de três anos, ou algo de em torno de 25% a 26% no ano, o que corresponde a, aproximadamente, 2% ao mês. O governo brasileiro, em razão dos resultados alcançados com a implementação do Plano Real, eliminou, em dezembro de 1995, a correção monetária de balanço, até aquele momento regulamentada pela Lei nº 6.404/76. Com a metodologia da correção integral, introduzida pela Instrução nº 64/87 da CVM, atingiu-se um alto grau de perfeição nas demonstrações contábeis, tendo sido, inclusive, o modelo brasileiro, reconhecido pela ONU e pelo IASB como o mais avançado que se conhece. Levanta-se, então, a seguinte questão: mesmo com taxas de inflação consideradas baixas, as demonstrações contábeis fornecem informações adequadas para o processo decisório? Toma-se como referência uma entidade pouco comum em trabalhos desta natureza: fundos de investimento financeiro. É questionada a atual forma de evidenciação em suas demonstrações contábeis pelo não reconhecimento dos efeitos inflacionários sobre o patrimônio, fazendo-se uma comparação com a metodologia da correção integral. Conclui-se pela necessidade de melhora na qualidade da informação disponibilizada aos quotistas dos fundos, em razão de estarem reportando informações de ganhos que, na essência, não o são.