Resumo: |
A definição mais comumente utilizada de desenvolvimento sustentável foi apresentada em 1987 no Relatório Brundtland como sendo a capacidade das gerações atuais se desenvolverem sem comprometer a capacidade de gerações futuras fazê-lo também. Atualmente, está ancorada em seis pilares - ambiental, social, econômico, cultural, tecnológico e espacial e seu debate tem sido incorporado pelos diversos setores produtivos. Na construção civil, as certificações ambientais tornaram-se uma das ferramentas para conceber edificações mais sustentáveis e no Brasil, desde 2007, destacam-se as atuações do LEED, AQUA-HQE e Selo Casa Azul. Sob tal panorama, esta dissertação objetiva investigar o uso dos instrumentos de certificação na produção habitacional brasileira; bem como identificar quem são os agentes responsáveis por ela, seus vínculos internacionais e operacionalização; analisar os requisitos propostos na avaliação de edificações dos pontos de vista da qualidade urbanística e arquitetônica; e, ainda, avaliar os Condomínios E e G do Complexo Paraisópolis que foram certificados pelo Selo Casa Azul. Para tal, utiliza ferramentas metodológicas de pesquisa bibliográfica e documental, entrevistas e estudo de caso. A discussão final verifica que é possível certificar projetos de habitação social e que, embora seus requisitos não possam garantir a melhoria da qualidade urbanística e arquitetônica dos projetos, os Selos atuam como coadjuvantes e incentivam a construção de moradia adequada às necessidades de seus usuários e à cidade. |
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