Compreendendo a criança e o adolescente com câncer em tratamento quimioterápico durante a utilização do brinquedo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Esteves, Arinete Veras Fontes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59137/tde-10052010-110007/
Resumo: O brincar é uma atividade essencial na vida da criança, mas negligenciada durante a doença e hospitalização. Quando a criança adoece de uma doença grave crônica como o câncer, há uma mudança significante em sua vida, tirando-a do convívio de brincadeiras, do meio familiar e social. Ela sofre tratamentos agressivos, internações freqüentes, e seu estado psicológico nem sempre é considerado. Brinquedos nem sempre lhe são oferecidos para minimizar o estresse da doença e da hospitalização. O objetivo do presente estudo foi compreender os modos de ser-no-mundo da criança e do adolescente com câncer em tratamento quimioterápico diante da utilização do brinquedo durante a quimioterapia. Neste contexto, trata-se de uma pesquisa qualitativa de inspiração fenomenológica em Psicologia. As entrevistas foram gravadas e transcritas em sua íntegra garantindo assim a sua fidedignidade e foram iniciadas a partir das questões norteadoras: Brincar é importante? Como é brincar no hospital?. Foram realizadas 16 entrevistas, sendo oito participantes do gênero feminino, com a idade entre seis a 14 anos e oito masculinos na faixa etária de 10 a 14 anos, todos acometidos por algum tipo de Leucemia em diferentes fases de tratamento. Através da análise de seis entrevistas foi possível observar que para as crianças brincar, neste ambiente é muito importante, pois sentem-se felizes durante essa atividade e esquecem-se dos efeitos colaterais causados pelo tratamento agressivo com os quimioterápicos. Relatam que a ausência de atividades as deixa tristes. A partir dessa análise foi possível organizar as categorias temáticas que possibilitaram a compreensão do fenômeno estudado. Os discursos obtidos durante o estudo possibilitaram identificar que o brinquedo e a atividade de brincar auxiliam a minimizar o estresse da criança causado pelo tratamento quimioterápico e seus efeitos colaterais. Os profissionais que atuam na área da saúde e todos aqueles que trabalham com crianças devem compreender que a criança é vida, liberdade, e o brincar faz parte de sua existência, e não pode ser desvinculado de sua rotina diária só por estarem doentes e hospitalizadas. As crianças são autênticas em todos os seus momentos de existir no mundo.