O caráter anfíbio do signo poético: Abdução, Desígnio e Tradução em processos de criação intersemiótica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Serra, Victor Scatolin
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27159/tde-27122018-115929/
Resumo: Esta dissertação pretende ser uma apresentação de dois sistemas de pensamento que implicaram em mudanças profundas, primeiro no quadro da poesia brasileira de matriz visual (no caso, aquelas influenciadas pelo desenvolvimento da poesia concreta) e devido a isso no desenvolvimento da ideia de Tradução Intersemiótica como elaborada por Julio Plaza. Os sistemas de pensamento em questão são a Semiótica, ou Teoria geral dos signos, desenvolvida por Charles Sanders Peirce, e o método ideogrâmico apoiado na ideia de Paideuma, como desenvolvido por Ezra Pound, apoiado na obra de dois antecessores, o sinólogo Ernest Francisco Fenollosa e o etnólogo Leo Viktor Frobenius. Plaza, artista plástico espanhol com formação múltipla, engajou-se ao vir viver no Brasil no quadro dos colaboradores do grupo ligado à poesia concreta em São Paulo e passou a desenvolver também uma arte híbrida, anfíbia, entre o verbo e o visual, de certa forma refletindo aquilo que chamou de \"oscilação de consciência entre arte e vida, entre poética e política\". Esta mesma oscilação marca a vida e a obra de Ezra Pound, poeta que exerceu enorme influência no desenrolar da poesia concreta. Ao adentrar a vida acadêmica, Plaza passaria a dedicar-se aos estudos da tradução, mas de um tipo diferente de tradução. Equalizando o paideuma e o método ideogrâmico à semiótica, Plaza desenvolveu uma obra teórica que ombreia sua produção artística. Nosso trabalho trata, como seu título indica, da transformação ocorrida no artista (em Pound, em Plaza, e em outros) quando este passa a dedicar-se à produção entre-signos ou intersígnica. A semiótica de Peirce nos serve de guia para o percurso.