Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2001 |
Autor(a) principal: |
May De Mio, Louise Larissa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11135/tde-20231122-092741/
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Resumo: |
A cultura do álamo (Populus spp.) é recente no Brasil e a ferrugem (Melampsora medusae Thuem) do álamo é a doença que ocorre com maior freqüência em viveiros e plantios comerciais. Nenhum estudo epidemiológico foi realizado com a ferrugem do álamo nos plantios brasileiros. Os objetivos desta tese foram avaliar o progresso da doença em diferentes clones de álamo em viveiros e em plantios comerciais, determinar a eficiência de fungicidas no controle da ferrugem, quantificar os componentes monocíclicos da doença sob diferentes condições de ambiente e avaliar os danos causados pelo patógeno na cultura do álamo. Em viveiro de álamo foram avaliadas a suscetibilidade de sete clones à ferrugem, a eficiência de fungicidas no controle da doença e a redução em volume de madeira entre parcelas tratadas ou não com fungicidas. Para isso foi realizado um experimento em plantio comercial, durante dois anos consecutivos. Latorre foi o clone mais suscetível, SJ e Argos, os mais resistentes e Guapiara, SM, JB e Guarani, moderadamente suscetíveis. Os fungicidas cyproconazole, triadimenol e tebuconazole foram os mais eficientes no controle da doença. Houve correlação significativa entre porcentagem de folhas com pústulas e desfolha, indicando a interferência do patógeno na queda antecipada das folhas. Os clones Guapiara, SM, JB, SJ e Argos foram tolerantes à ferrugem enquanto que os clones Guarani, JB e Argos foram tolerantes à desfolha. Plantas do clone Latorre com aplicação de fungicida produziram três vezes mais madeira (em volume), que plantas sem fungicida. Em condições controladas, foi avaliada a influência da temperatura (8 a 31°C) no desenvolvimento da ferrugem em três clones de álamo: Latorre, SM e SJ. A influência da duração do molhamento foliar de 0 a 24 horas na infecção também foi avaliada. A faixa ótima de temperatura para infecção e esporulação foi entre 16 e 21°C, o período latente foi de 6 a 10 dias, dependendo do clone e a freqüência de infecção aumentou com a duração do molhamento no clone suscetível. O tempo mínimo de molhamento foliar necessário para infecção foi de 3 horas. No campo quantificou-se o progresso da epidemia e o crescimento de sete clones dispostos no banco clonal da fazenda São Joaquim, no vale do rio Iguaçu-PR. As avaliações foram feitas mensalmente, de novembro a abril, durante os ciclos de 98/99, 99/00 e 00/01. Foram avaliadas a incidência e a severidade da ferrugem, a duração da área foliar (LAD) e o diâmetro à altura do, peito (DAP). Os clones mais suscetíveis foram Latorre e Guarani, SJ foi resistente e os demais, intermediários. A epidemia foi mais severa no ciclo de 99/00, onde as temperaturas variaram entre 26,5 e 15,5 °C. Não houve relação significativa entre severidade e DAP. Nos clones suscetíveis, a LAD foi relacionada com o DAP com coeficientes de determinação da regressão linear de 0,73 e 0,56 para Guarani e Latorre, respectivamente. O clone Latorre mostrou-se relativamente tolerante à doença pois apesar da elevada severidade, a redução do DAP foi de 5%, enquanto no Guarani a redução do DAP foi de 17%. |