Religiosidade e adesão à farmacoterapia do diabetes mellitus tipo 2 em idosos da atenção primária à saúde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Godoy, Anelize Roveri Arcanjo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17139/tde-11042024-113605/
Resumo: A adesão à farmacoterapia é um processo multifatorial, que abrange aspectos socioeconômicos, culturais, comportamentais, bem como, aqueles ligados à doença e aos serviços de saúde. A religiosidade é um aspecto a ser investigado, uma vez que pode haver crenças e valores relacionados ao uso de medicamentos. O objetivo deste estudo foi analisar a associação entre as dimensões da religiosidade e adesão à farmacoterapia do diabetes mellitus tipo 2 em idosos da Atenção Primária à Saúde de Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil. Trata-se de um estudo transversal com coleta de dados domiciliar conduzida de março a outubro de 2018. A religiosidade foi investigada pelo Duke Religious Index e a adesão à farmacoterapia pelo Brief Medication Questionnarie. A amostra foi composta por 338 idosos com diabetes mellitus tipo 2, sendo que, 66,3% eram do sexo feminino e 60,9% encontravam-se na faixa etária compreendida entre 60 e 69 anos (60,9%). A maioria dos participantes autorreferiu boa autopercepção da saúde (55,6%), apresentava multimorbidade (93,8%), polifarmácia (73,8%) e controle glicêmico adequado (53,3%). A adesão à farmacoterapia foi estimada em 52,4%. Averiguou-se que os idosos que buscavam mais pelos centros religiosos, dedicavam-se às atividades individuais, bem como aqueles resolutos em suas crenças e experiências religiosas, tenderam a uma maior adesão. Entretanto, o nível de religiosidade intrínseca mostrou-se menor nos homens e nas mulheres com adesão à farmacoterapia (p<0,01), bem como o nível de religiosidade não organizacional nos homens com adesão (p=0,01). As dimensões da religiosidade associaram-se à adesão, especificamente, quando analisados os sexos. Neste sentido, torna-se pertinente a abordagem da religiosidade na prática clínicoassistencial a fim de obter a integralidade do cuidado em diabetes.