Avaliação da radiação UV na córnea humana em procedimentos oftalmológicos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Lincoln, Victor Antonio Cacciacarro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
UV
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18152/tde-25092012-090652/
Resumo: A radiação ultravioleta pode tanto ser um benefício, como um malefício para o olho humano. Os benefícios são quando é utilizada em procedimentos oftalmológicos para a correção da visão, como nas cirurgias foto-refrativas - UVC - 193 nm; ou para, entre outros tratamentos, impedir a progressão de patologias, como é o caso do crosslinking do colágeno corneano, para ceratocones em estágios inicias que utiliza UVA - 370 nm. Os malefícios são os já amplamente conhecidos pela comunidade científica e populacional, sobre a incidência excessiva de radiação UV nos olhos, causando danos severos ao olho humano. Entretanto, a córnea tem uma proteção natural contra os raios UVA e UVB. Neste trabalho, estudou-se os dois procedimentos oftalmológicos citados a fim de investigar possíveis danos ao olho humano, como a perda da proteção natural da córnea pós cirurgia foto-refrativa, que retira lamelas da córnea; e a quantidade de radiação que adentra o olho humano, durante o crosslinking do colágeno corneano, que utiliza Riboflavina como sintetizador e bloqueador da radiação UVA. Um sistema portátil foi desenvolvido para avaliação da proteção UV e seus danos para o primeiro caso. O protótipo consiste de um sistema de duplo feixe e analisa a transmitância do tecido corneano na faixa de 300-400 nm, e apresenta um fator de correlação r2>0,98. As medidas com remoção de tecido indicaram a importância das camadas da córnea, e a remoção do estroma apresentou uma perda significativa da proteção natural UV, com aumento de 8,2-10,1 pontos percentuais. Já para o crosslinking, que utiliza a combinação riboflavina e UVA, com irradiância de 3 mw/\'CM POT.2\' por 30 minutos foi feito o monitoramento da transmitância UVA durante o tratamento. Foi realizado o protocolo do procedimento atual, ou seja, uma gota de Riboflavina 0,1%, 400mOsm, foi instilada na córnea desepitelizada, a cada 5 minutos (total de 12 gotas). A irradiação UV (365 ± 5 nm, 3 mW/\'CM POT.2\') foi realizada após 30 min de instalação por uma adicional de mais 30 min. A transmitância média da córnea desepitelizada sem Riboflavina foi de 61,6%; após a 1ª instilação de Riboflavina a transmitância foi de 44,9%; após a 6ª gota 22,4%; após a 7ª gota (início da irradiação), 19,5%; após a 8ª gota, 17,3%; após a 9ª, 15,8%; após a 10ª; 14,5%; após a 11ª; 13,5%; e após a 12ª instilação, 12,6%. A transmitância média em termos de energia durante os 30 min de irradiação apresentou uma variação de 0,590 até 0,380 mW/\'CM POT.2\', valores além do limite atualmente aceito para endotélio de córneas de coelhos, que apresenta um nível de segurança citotóxico de 0,36 mW/\'CM POT.2\'.