Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Souza, André Carlos de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12136/tde-28062017-123028/
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Resumo: |
Esta tese tem por objetivo analisar de que forma o tom linguístico empregado nos discursos durante as conferências de apresentação de resultados está relacionado ao desempenho (EBITDA) das empresas. Por tom linguístico, a análise leva em consideração tanto a divulgação de informações positivas sobre o desempenho das empresas (tom otimista) quanto a divulgação de informações negativas (tom pessimista) e uma métrica incluindo igualmente o tom otimista e pessimista (tom consolidado). Foram analisadas conferências de resultados ocorridas entre os anos de 2010 e 2014 por companhias abertas no Brasil com ações negociadas na BM&FBovespa. A base de dados é composta por 837 conferências de resultado relativas a 47 empresas e um total de 17.110 atribuições sobre o resultado das empresas, sendo 4.225 classificadas como neutras (não explicitando uma melhora ou uma piora para os resultados da empresa naquele momento), 9.947 atribuições otimistas e 2.938 atribuições pessimistas. A análise descritiva dessas atribuições sobre o resultado das empresas sugere que as apresentações de resultados são quantitativamente mais otimistas do que pessimistas. Com a realização de uma análise multivariada, o EBITDA presente mostrou-se significante em relação ao tom otimista e ao tom consolidado, sugerindo que empresas com melhor desempenho, têm suas conferências do mesmo período mais otimistas. O EBITDA também apresentou significância em relação a um trimestre após a apresentação, na estimação do tom consolidado e dois períodos adiante na estimação do tom pessimista. A interpretação desse resultado sugere que empresas com melhores performances no período seguinte ao das conferências apresentam um tom consolidado maior, ou seja, mais otimista. No segundo caso, a interpretação sugere o inverso: empresas com melhor desempenho dois trimestres após a conferência apresentam menos atribuições pessimistas durante essas apresentações. Os resultados encontrados na tese estão em linha com aqueles encontrados na literatura, em que o tom aparece relacionado com o desempenho presente e algum desempenho futuro. De todo modo, não é possível afirmar que o tom prediz resultados. Sobre esse aspecto, verificou-se alguma significância, mas a natureza dela ainda é desconhecida para se falar em causalidade. |