Entre a imagem e o discurso: magia e ciência no Museu do Ipiranga

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Talhari, Julio Cesar
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8134/tde-04122024-122131/
Resumo: Esta tese enfocou o Museu do Ipiranga (nome popular do Museu Paulista), museu mais antigo da cidade de São Paulo, e seu processo de readequação institucional para reabertura após fechamento em 2013 por problemas estruturais. A pesquisa o desafio de parte das equipes do museu em evitar o encantamento provocado pelo edifício-monumento e pelo eixo monumental. O acompanhamento dos preparativos para a readequação do museu e, posteriormente, dos espaços expositivos com as exposições em cartaz e a circulação de visitantes permitiu uma compreensão geral de alguns processos. A tese argumenta que o Museu do Ipiranga tem um caráter mágico por ter sido concebido como um monumento à Independência. Contudo, é atualmente um museu de história especializado em cultura material, de modo que o desafio contínuo é comunicar aos públicos as intenções curatoriais, baseadas em pesquisas acadêmicas, a despeito do encantamento provocado pela arquitetura e ornamentação. Além disso, há um esforço das equipes curatoriais e educativas para contextualizar a narrativa visual constituída para o Centenário da Independência (1822-1922) que buscou enaltecer a figura do bandeirante e conferir um papel central à cidade de São Paulo tanto no período de colonização quanto processo de independência. A pesquisa etnográfica foi desenvolvida durante participações de eventos entre 2018 e 2020 quanto o museu estava fechado para reformas e entre 2022 e 2024 com as novas exposições já em cartaz