Efeitos de diferentes fontes e níveis de cobre no desempenho, \"status\" de Cu, fermentação ruminal, metabolismo e oxidação de lipídios em bovinos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Correa, Lisia Bertonha
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/74/74131/tde-29092010-142724/
Resumo: O cobre está associado ao metabolismo de lipídios, sendo bastante importante na redução do colesterol, e à estabilidade oxidativa da carne, por fazer parte de algumas enzimas antioxidantes. Porém, quando na forma iônica, é considerado um elemento pró-oxidante. O cobre orgânico não apresenta esse efeito e, além disso, geralmente apresenta maior biodisponibilidade que fontes inorgânicas. Desse modo, o objetivo deste estudo foi determinar o efeito da suplementação com dois níveis e duas fontes de cobre (inorgânica e orgânica) sobre o desempenho, concentração de cobre no fígado, músculo e sangue, fermentação ruminal, parâmetros oxidativos e metabolismo de lipídios e colesterol. Trinta e cinco bovinos da raça Nelore em fase de terminação foram divididos em 5 grupos, com 7 animais por tratamento, conforme descrição: 1) C: Dieta controle, sem a suplementação adicional de cobre; 2) I10: suplementação de 10mg de Cu/kg de MS na forma de sulfato de cobre; 3) I40: suplementação de 40mg de Cu/kg de MS na forma de sulfato de cobre; 4) O10: suplementação de 10mg de Cu/kg de MS na forma de proteinato de cobre; 5) O40: suplementação de 40mg de Cu/kg de MS na forma de proteinato de cobre. A suplementação com cobre proporcionou maior concentração e acúmulo de Cu no fígado (p<0,05), sendo a maior média observada para o tratamento O40, porém, o status de Cu no músculo e no soro não foram alterados pelos tratamentos. A maior atividade da ceruloplasmina (p<0,05) foi observada para o tratamento I40. Não houve efeito significativo (p>0,05) para ganho de peso diário, ingestão de matéria seca, eficiência alimentar, rendimento de carcaça quente e fria, perda pelo frio, espessura de gordura subcutânea e área de olho de lombo dos bovinos, entre os tratamentos controle e suplementação com cobre inorgânico ou orgânico. O pH ruminal, os ácidos graxos voláteis e o nitrogênio amoniacal também não foram influenciados (p>0,05) pelos tratamentos. Em geral, a suplementação com cobre alterou o perfil de ácidos graxos da carne (p<0,05), com aumento na proporção de ácidos graxos insaturados em detrimento dos ácidos graxos saturados. Não houve efeito de tratamento para TBARS (substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico) no fígado e na carne embalada a vácuo (p>0,05), porém houve redução nos valores de TBARS na carne dos bovinos suplementados com Cu para as amostras dispostas no Display Life (tratamentos I40 e O40, p=0,06), e na atmosfera modificada (tratamentos I10, I40, O10 ou O40, p<0,05), em relação ao tratamento controle. A suplementação com Cu (tratamentos I40 e O40) aumentou a atividade da SOD (superóxido dismutase) (p<0,05), em relação ao tratamento controle, mas não influenciou a atividade da GSH-Px (glutationa peroxidase) (p>0,05). Não houve efeito da suplementação sobre triglicérides e colesterol no sangue; entretanto, em geral, houve redução da concentração de colesterol no músculo L. dorsi (p<0,05), em relação ao tratamento controle, através da redução (p<0,05) da concentração de GSH e da relação GSH/GSSG.