Estimação de parâmetros genéticos visando seleção em dois compostos de milho (Zea mays L.)

• Ano de defesa: 1978
• Autor(a) principal: Crisostomo, João Ribeiro
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
• Palavras-chave em Português: COMPOSTOS DE MILHO; PARÂMETROS GENÉTICOS; SELEÇÃO
• Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11137/tde-20240522-110338/

A pesquisa realizada teve por finalidade investigar a variabilidade genética para os caracteres; produção, altura da planta e altura de inserção da espiga usando progênies de meios irmãos de dois compostos de milho. Estimaram-se também correlações genéticas e fenotípicas; respostas correlacionadas e o ganho genético esperado pela aplicação da seleção entre e dentro de famílias de meios irmãos. Os compostos estudados foram o ESALQ-A e o ESALQ-B, sintetizados no Instituto de Genética da ESALQ/USP, com base na capacidade de combinação. São constituídos essencialmente por germoplasma Tuxpeño e Flint de origem Mexicana, Cubana e Colombiana. Atualmente estes compostos estão sendo selecionados visando a obtenção de variedades e posterior extração de linhagens superiores. De cada composto foram utilizadas 100 progênies avaliadas em Piracicaba, São Paulo, no ano agrícola de 1976/77 em dois látices triplo 10 x 10 com duas testemunhas. No experimento com as progênies do composto ESALQ-A as testemunhas foram o Híbrido Duplo IAC7974 e o próprio Composto ESALQ-A. No outro ensaio, empregou-se o mesmo híbrido e o Composto ESALQ-B. Os ensaios tiveram boa precisão sendo de 12,17% o maior coeficiente de variação experimental; verificando-se diferença significativa entre as progênies de cada composto, nos caracteres estudados. A média de produção foi de 8.747 kg/ha, para as progênies do ESALQ-A e de 7.708 kg/ha para as do ESALQ-B. As duas populações apresentaram elevada altura média da planta e da espiga, principalmente o ESALQ-A, com 3,11 m para a planta e 2,03 m para a altura de inserção da espiga, devendo este aspecto ser considerado durante a seleção. Os coeficientes de variação genética aditiva referentes à produção, para o ESALQ-A e o ESALQ-B foram de 5,90% e 6,35%, respectivamente, indicando suficiente variabilidade genética para permitir progressos futuros. Estes valores e as elevadas médias de produção evidenciam que os dois compostos constituem fontes promissoras para o melhoramento intrapopulacional. Os menores valores desse coeficiente para altura da planta e da espiga indicam uma menor variabilidade para estes caracteres. As baixas correlações entre produção e altura da planta, produção e altura da espiga evidenciam a possibilidade de obtenção de milho s produtivos sem apresentarem alturas elevadas. De outro lado, as altas correlações aditivas entre altura da planta e da espiga, mostram que a seleção para plantas com espigas de inserção mais baixa, é suficiente para reduzir a parte da planta.