Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Crisóstomo, Luciola Maria Lopes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5131/tde-19022009-140554/
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Resumo: |
O Brasil, que conta hoje com 7% de idosos, será a sexta maior população de idosos do Planeta em 2020. A doença cardiovascular aumenta significativamente com a idade e evidências indicam a importância do endotélio e da hipercolesterolemia na aterosclerose. Contudo, não está bem estabelecido, que o tratamento da dislipidemia em idosos melhora a função vasomotora. Objetivos: Analisar a resposta vasomotora e parâmetros metabólicos em idosos com hipercolesterolemia ao tratamento com estatina. Delineamento: Ensaio Clínico Randomizado Duplo Cego. Casuística e Métodos: 72 idosos com idade 65 anos [75 ± 7,7 (65 a 92)], 64% mulheres, excluídos diabéticos, hipertensos graves, obesos, corticoterapia, reposição hormonal, doença em estágio terminal; todos realizaram avaliação clínica, laboratorial (glicose, lípides, TGO, TGP, CPK, Proteina C reativa ultra-sensível (PCR)) e função vasomotora por ultra-sonografia de alta resolução da artéria braquial, com equipamento ATL HDI 5000 e transdutor multifreqüencial de 7 a 10 MHz, segundo Diretrizes. Utilizou-se hiperemia reativa para resposta vasomotora dependente do endotélio (DMF) e nitrato sub-lingual para a independente do endotélio (DNT). Destes, 47 pacientes apresentaram LDL 130 mg/dL e foram randomicamente designados para grupo placebo (GP) e grupo tratamento (GT); todos realizaram avaliação antes e depois da intervenção (placebo ou atorvastatina 20mg oral por 30 dias). Para a análise estatística, utilizaram-se testes paramétricos e não-paramétricos, valores de p 0,05 foram considerados estatisticamente significantes. Resultados: Os grupos foram semelhantes em suas características basais; a DMF não apresentou diferença estatisticamente significante entre o GP e GT após intervenção [6,2 ± 6,2 (-4,8 23,7) e mediana = 6,4 vs. 5,0±5,6 (-5,1 18,9) e mediana= 3,5 p = 0,551], o mesmo ocorrendo para a DNT [7,1 ± 4,7 (-1,3 21,2) e mediana = 6,8 vs. 8,6±5,0 (1,4 21,6) e mediana = 6,8 p = 0,373). A análise estratificada sugere potencial modificador de efeito das co-variáveis estratificadas sexos, estratos etários (<80 e 80 anos) e níveis de LDL (< 160mg/dL e 160mg/dL) em relação à associação atorvastatina e função vasomotora. A PCR diminuiu 64% no grupo estatina (mediana no GP = 0,3 mg/dL vs. GT = 0,1 mg/dL p = 0,014). A redução do colesterol total foi de 27%, LDL = 41%, VLDL = 20% e triglicérides = 34%; o HDL elevou 12% no GT. A maior elevação enzimática não ultrapassou 3 vezes o limite e não ocorreram mialgias. Conclusões: Apesar da diminuição dos lípides, não houve modificações significativas da função vasomotora, o que sugere alterações intrínsecas do vaso associado ao envelhecimento. Os níveis de PCR reduziram significativamente, sugerindo um provável efeito antiinflamatório |