Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1999 |
Autor(a) principal: |
Cerri, Carlos Eduardo Pellegrino |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11140/tde-20220207-165651/
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Resumo: |
Os recursos naturais tais como a vegetação, a água e o solo, vêm sendo submetidos a uma progressiva pressão. A erosão, sobretudo na forma hídrica, ocorre na maioria dos Estados, e também na bacia do rio Piracicaba, uma das regiões mais desenvolvidas do país, situada no centro oeste do Estado de São Paulo. Uma das formas mais eficientes para fornecer subsídios à seleção de áreas prioritárias do ponto de vista de conservação e recuperação do solo, é a utilização de mapas de risco de erosão. O propósito destes mapas é mostrar a expectativa de perda de solos sob sistemas de ocupação da terra alternativos. Esses mapas podem auxiliar na tomada de decisão, para que se possa readquirir a qualidade ambiental desejável. O objetivo deste estudo foi mapear as áreas de risco de erosão dos solos da bacia do rio Piracicaba, para os meses de janeiro e julho dos anos de 1978 e 1993, através da utilização de técnicas de geoprocessamento e comparar a evolução do processo erosivo dos solos neste período. Para tal, adotou-se a Equação Universal de Perdas de Solos (EUPS), um modelo matemático empírico para a predicção de perdas de solo por erosão laminar e linear. Em função da extensão da bacia, da diversidade de solos e complexidade do uso da terra, os parâmetros da EUPS foram especializados, processados e analisados usando um Sistema de Informações Geográfica (SIG). Foram gerados mapas de risco de erosão dos solos da bacia para janeiro e julho dos anos de 1978 e 1993, com duas práticas de manejo: plantio em contorno e plantio morro abaixo. Os valores estimados de perdas de solo por erosão foram agrupados em quatro classes de risco: baixo (0-2 t ha-1), médio (2-4 t ha-1), alto ( 4-6 t ha-1) e muito alto (>6 t ha-1). Os resultados mostraram que esta bacia hidrográfica, de uma maneira geral, possui um risco baixo de erosão. As áreas com risco de erosão mais acentuado estão localizadas principalmente em duas regiões: ao redor do eixo de maior desenvolvimento urbano (entre as cidades de Piracicaba e Campinas) e próxima às nascentes dos rios que compõem a bacia. Na primeira região mencionada, o maior risco se deve, provavelmente, à exposição de solos de textura predominantemente arenosa às chuvas, especialmente sob o cultivo da cana-de-açúcar. As causas do risco de erosão elevado, na área próxima às nascentes, estão relacionadas à interação dos agentes: relevo acidentado, solos pouco profundos, pastagem mal manejada (algumas vezes degradadas) e pluviosidade elevada. O mapa de risco de erosão dos solos para o mês de janeiro com prática de plantio em contorno foi verificado no campo (verdade de terreno), obtendo-se um valor aproximado de 80% de correspondência entre as estimativas dos riscos de erosão obtidas pelo mapeamento e pela observação de campo. Esses resultados indicaram que a aplicação da EUPS através da utilização de técnicas de geoprocessamento, é uma metodologia adequada e pode ser considerada como uma ferramenta importante para o diagnóstico e monitoramento de áreas de risco de erosão. |