Esporulação de <i>Macrophomina phaseolina</i> (Tass.) Goid. e viabilidade do método de inoculação de esporos em estudos de seleção de germoplasma resistente

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1980
Autor(a) principal: Machado, Carlos Caio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11135/tde-20210918-212131/
Resumo: No presente trabalho estudou-se a influência de alguns fatores ambientes na esporulação de <i>Macrophomina phaseolina</i> (Tass.) Goid. A calibração do inóculo, a inoculação cruzada e a reação de 10 cultivares de soja (<i>Glycine max</i> (L.) Merr.), frente à inoculação com suspensão de esporos do fungo, foram também estudadas. No estudo sobre influência de meios de cultura na produção de picnídios, foram testados os meios de farinha de soja-ágar, farinha de aveia-ágar e batata dextrose-ágar (BDA), todos eles com e sem superposição de papel de filtro na superfície dos meios solidificados. O meio de farinha de soja-ágar foi o que induziu a formação de maior número de picnídios férteis. A adição de papel de filtro aumentou a esporulação em todos os meios de cultura testados. Dos regimes de luz contínua, luz alternada (12 horas de luz x 12 horas de escuro) e escuro contínuo a que foram submetidos dois isolados do fungo, o regime de luz contínua induziu esporulação em ambos. Em luz alternada apenas um dos isolados esporulou, mas no escuro não houve formação de picnídios em nenhum dos isolados. Foi determinado que repicagens sucessivas realizadas durante seis semanas, com intervalos de sete dias cada uma, em presença de luz causaram decréscimo na capacidade de esporulação do isolado em estudo. Entretanto, esse efeito não foi detectado quando as repicagens foram feitas em regime de escuro contínuo. Os resultados obtidos no experimento de calibração de inóculo indicaram que concentrações tão baixas como 1 x 10<small><sup>3</sup></small> esp/ml, quando inoculadas em sementes pré-germinadas são capazes de induzir sintomas em plantas de soja (<i>Glycine max</i> (L.) Merr.), feijão (<i>Phaseolus vulgaris</i> L.) sorgo (<i>Sorghum</i> spp) e milho (<i>Zea mays</i> L.) e que mesmo com concentrações de 1 x 10<small><sup>6</sup></small> esp/ml, ainda ocorrem plantas sobreviventes. Feijão e soja responderam diferentemente a determinados isolados quando inoculações cruzadas foram feitas em sementes pré-germinadas, demonstrando certa especificidade do fungo. A inoculação de sementes de milho e sorgo não afetou a sobrevivência, porém causou redução no tamanho e peso seco das plantas. Sugere-se que inoculações com suspensão de esporos em milho e sorgo sejam feitas em plântulas e que em feijão e soja sejam inoculadas as sementes. Das 10 cultivares de soja estudadas, a cultivar Viçoja foi a que mostrou menor suscetibilidade, seguida pela Santa Rosa. A cultivar Cocker 102 apresentou reação intermediária e a cultivar Cocker 338 foi a mais suscetível. Determinou-se também que o método de inoculação com suspensão de esporos de <i>Macrophomina phaseolina</i> é viável para detectar diferenças de reação entre cultivares de soja, podendo ser usado para seleção de resistência varietal nessa espécie.