Medidas de imitância acústica de banda larga em indivíduos com otosclerose

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Chaves, Juliana Nogueira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25143/tde-14082017-200818/
Resumo: Na prática clínica, nota-se uma dificuldade em identificar a rigidez do sistema tímpano-ossicular decorrente da Otosclerose por meio dos métodos de avaliação rotineiramente empregados. Assim, as medidas de imitância acústica de banda larga podem fornecer mais informações sobre a condição do sistema tímpano-ossicular por avaliarem uma ampla faixa de frequência. O objetivo do estudo foi caracterizar as medidas de imitância acústica de banda larga com os estímulos tom puro e chirp em indivíduos com diagnóstico de Otosclerose submetidos à estapedectomia ou estapedotomia. Foram avaliados 40 indivíduos na faixa etária de 33 a 80 anos, totalizando 54 orelhas operadas e 22 orelhas não operadas. A avaliação audiológica foi realizada por meio da otoscopia, audiometria tonal liminar, logoaudiometria e imitanciometria. As medidas de imitância acústica de banda larga foram obtidas por meio do sistema de medidas Middle-Ear Power Analyzer MEPA3, versão 5.0 (Mimosa Acoustics), utilizando os estímulos tom puro e chirp. Os dados obtidos foram submetidos à análise estatística descritiva e inferencial, com nível de significância de 0,05. As orelhas com Otosclerose apresentaram maior absorvância em 750 Hz, uma tênue diminuição até 3000 Hz, acentuando-se a partir desta frequência. A magnitude da admitância foi maior na faixa de frequência de 1992 a 4008 Hz, assim como a magnitude da impedância foi maior nas frequências baixas com diminuição até 4008 Hz e aumento em 6000 Hz. Estas orelhas foram dominadas pela rigidez nos sons graves e médios, por resistência entre 3000 e 4008 Hz e a partir desta frequência pela massa. A fase da impedância foi maior em 258 Hz e o delay da reflectância (slope) apresentou uma variação de comportamento entre as frequências, não sendo possível caracterizar um padrão de resposta. Conclui-se que há diferenças nas medidas obtidas nas orelhas com Otosclerose submetidas à cirurgia, quando analisadas as frequências baixas e médias, o que demonstra o impacto positivo da intervenção cirúrgica na funcionalidade do sistema tímpano-ossicular.