A biogeoquímica do Rio Ji-Paraná, Rondônia.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Leite, Nei Kavaguichi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/91/91131/tde-29072004-162959/
Resumo: As mudanças no uso da terra que ocorreram no estado de Rondônia nas últimas décadas transformaram a paisagem da região. Especialmente ao longo da BR-364, o que antes era constituído quase que exclusivamente por florestas, hoje apresenta extensas áreas cobertas por pastagens, com impactos ainda desconhecidos no ambiente aquático. O presente trabalho procurou identificar a importância relativa das características naturais e antrópicas da bacia de drenagem na biogeoquímica das águas do rio Ji-Paraná e seus principais tributários, levando-se em consideração que a composição química de um rio reflete os processos que ocorrem em sua bacia de drenagem. Para isto, foi utilizada uma abordagem comparativa, na qual se avaliaram as diferenças entre sistemas com distintos usos e cobertura do solo, além das variações sazonais ao longo do período de estudo (1999-2002). Em relação às variações espaciais, as menores concentrações de analitos foram encontradas nos rios drenando áreas com solos mais arenosos e menor fertilidade, enquanto as maiores foram encontradas nos rios localizados na região central da bacia, com os solos mais argilosos e férteis. Em relação às variações temporais, observou-se que os rios em cujas bacias predominam florestas apresentaram correlações positivas entre a descarga e as concentrações de íons, enquanto que, para os rios em cujas bacias predominam pastagens, apesar de apresentarem correlação, esta foi negativa. Estes resultados poderiam indicar um controle da química destas águas apenas por processos naturais. Entretanto, analisando as variações dos nutrientes C, N e P, observou-se que a presença humana já começa a influenciar a biogeoquímica destes rios.