Wistar Audiogenic Rat (WAR): um possível modelo para o estudo da doença de Alzheimer relacionada com resistência à insulina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Alves, Suélen Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17140/tde-30052019-164627/
Resumo: A linhagem Wistar Audiogenic Rat (WAR), um modelo genético de epilepsia, apresenta diversas comorbidades. Dados prévios demonstraram níveis cerebrais elevados de proteína tau fosforilada (pTau), uma das principais características anatomopatológicas da doença de Alzheimer (DA). Estudos recentes sugerem que a DA seja um terceiro tipo de diabetes. O objetivo deste estudo foi validar a linhagem WAR como um possível modelo para o estudo da DA relacionada com alterações na regulação da via de sinalização da insulina. Para isso, foram selecionados 63 animais machos adultos e envelhecidos (n=28 Wistars, 14 Wistars Hannover e 21 WARs). Os animais foram submetidos ao labirinto aquático de Morris (LAM). Após o LAM, foram eutanasiados e tiveram seus hipocampos dissecados. Avaliou-se a expressão de betaamilóide (A?), tau, pTau (S396), receptor de insulina (IR), receptor de insulina -1 fosforilado em serina 312 (pIRS-1 S312) e glicogênio sintase quinase 3 alfa e beta (pGSK-3?/? S21/9) fosforiladas pelo método de Western blotting nos hipocampos ventral (HV) e dorsal (HD) e/ou confirmados por imunoistoquímica. Os animais da linhagem WAR adultos e envelhecidos apresentaram maior latência para encontrar a plataforma de fuga durante o período de treinamento e maioria dos retestes no LAM. Os animais WAR adultos apresentaram diminuição da expressão de A? e IR no HV, aumento da expressão de pGSK-3?/? (S21/9) no HD e aumento do número de células positivas para pIRS-1 (S312) no hipocampo. Os animais envelhecidos apresentaram aumento da expressão de pTau (S396) nos HV e HD, diminuição de A? e IR no HV e aumento da expressão de pGSK-3?/? (S21/9) nos HV e HD. Apesar de os animais WAR terem sido selecionados geneticamente para estudar epilepsia, nossos achados sugerem a coexistência de alterações comportamentais e moleculares características de DA e resistência central à insulina, podendo se somar ao fenótipo inicialmente selecionado. Portanto, outros estudos moleculares e histológicos são necessários para melhor compreensão dos dados encontrados e para possível validação da linhagem WAR como um modelo para estudar a relação entre DA e resistência central à insulina.