Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Jacques, Patricia Duringer |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44137/tde-10012014-160608/
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Resumo: |
O presente estudo teve como objetivo principal avaliar as estruturas rúpteis da borda leste da Bacia do Paraná em Santa Catarina, a partir do estudo dos lineamentos estruturais que afetaram as rochas do embasamento, da sucessão ondwânica, das vulcânicas da Formação Serra Geral e das alcalinas associadas ao Domo de Lages e ao Complexo Carbonatítico de Anitápolis. Para atingir estes objetivos, foram efetuados levantamentos de campo de análise estrutural dos lineamentos, integração do arcabouço estrutural a partir de dados geofísicos (aeromagnetometria), análise de imagens do sistema óptico ( Landsat-7 \'ETM POT.+\'), imagens de radar (SRTM-3) e dados de microtomografia computadorizada (\'mü\'CT). Os dados obtidos foram incorporados em um Sistema de Informação Geográfic a (SIG), analisados em conjunto ou separados, e permitiram caracterizar estruturas associadas à tectônica formadora e deformadora da Bacia do Paraná. A tectônica formadora da bacia evidencia um padrão estrutural compativel com o modelo de um \'rifte central\' de direção NE-SW, e a tectônica deformadora revelou estar ligada não apenas a movimentos verticais, mas principalmente a movimentos horizontais capazes de gerar falhas transcorrentes em ambiente intraplaca. Foram caracterizados três eventos tectônicos deformadores da sequência Paleozoica da Bacia do Paraná, que são posteriores as vulcânicas da Formação Serra Geral e as rochas alcalinas do Domo de Lages, a saber: um evento mais antigo (Cretáceo Inferior) com orientação da compressão máxima (\'sigma\'1) ao redor de N -S, observado apenas nas rochas da Formação Serra Geral; um evento de idade intermediária (Cretáceo Superior- Terciário) com compressão máxima (\'sigma\'1) orientada próxima de NE-SW, caracterizado nos três domínios estudados (Escudo Catarinense, Form. Serra Geral e rochas alcalinas); e o último evento de idade mais nova (Neógeno), com a compressão máxima (\'sigma\'1) orientada ao redor de E-W (ESE-WNW), idendificado em dois domínios (Escudo Catarinense e Form. Serra Geral). Os três eventos envolveram a geração de estruturas transcorrentes e podem ser explicados em um contexto geodinâmico associados à: ruptura continental do Gondwana, abertura do Oceano Atlântico, rotação da Placa Sul-America de leste para oeste e subducção na costa oeste da Placa Sul-Americana. Os dois primeiros eventos foram relacionados à tectônica que afetou à margem passiva (transtração) da Placa Sul-Americana, e o último foi relacionado à influência da subducção da Placa d e Nazca sob a Placa Sul-Americana. O processo iniciou-se com a compressão máxima (\'sigma\'1) ao redor de N-S, que gerou transcorrências destrais intracontinentais próximas de NW e transcorrências sinistrais NE associadas com a margem continental rompida. Posteriormente, o campo de compressão máxima (\'sigma\'1) mudou para direção próxima de NE, devido à rotação da Placa Sul-Americana para oeste e, atualmente, devido à influência da compressão da margem ativa da Placa Sul-Americana sobre a Placa de Nazca, instalou-se um campo de compressão máxima (\'sigma\'1) próximo de E-W (transpressão). |